Pétreis-gigantes-do-Sul são encontrados na Região dos Lagos – Notícias da Região dos Lagos

O aparecimento de aves marinhas das mais variadas espécies tem se tornado cada vez mais recorrente na Região dos Lagos durante o período de inverno. Na estação, os municípios da região estão acostumados a receber as tradicionais visitas de pinguins. No entanto, além da espécie, neste ano, os pétreis de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul também estão sendo observados. Para o Centro de Reabilitação e Despetrolização (CRD), do Instituto Albatroz, que executa o Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) em Cabo Frio, Búzios e Arraial do Cabo, apesar de encantarem, a quantidade de registro de aves do último mês é preocupante.

Segundo a médica veterinária Daphne Goldberg, Responsável Técnica do Instituto Albatroz, durante o inverno austral, que se estende de junho a setembro, essas aves realizam movimentações sazonais, afastando-se de suas naturais áreas reprodutivas.

Desde o início das atividades, em junho, o monitoramento é feito diariamente a pé e em quadriciclos por técnicos e monitores. No período, o Instituto Albatroz já recolheu 73 animais, sendo 28 vivos e 45 mortos. Deste total, 20 são pinguins que pertencem à espécie Spheniscus magellanicus, conhecidos popularmente como pinguins-de-Magalhães; e duas aves são da espécie Petrel-gigante-do-Sul (Macronectes giganteus). As duas últimas aves, encontradas em Saquarema e Arraial do Cabo, estão em tratamento.

Foto: Divulgação/ Instituto Albatroz

Embora a espécie dos petréis seja atualmente classificado como “Pouco Preocupante” em relação à ameaça de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), ele enfrenta diversos desafios, como a interação com espécies exóticas em suas colônias, a captura incidental na pesca (bycatch) e as mudanças climáticas, que podem alterar a disponibilidade de seus recursos alimentares.

Em busca de águas mais quentes e abundância de alimento, elas migram da Patagônia, mas devido ao longo percurso, acabam encalhando nas praias por conta da exaustão. Fracos e debilitados, as aves costumam necessitar de cuidados adequados para hipotermia quando são encontradas.

Para que a passagem dos animais pela região seja segura e eles encontrem ajuda em caso de necessidade, o Instituto Albatroz se coloca a disposição para atender chapados. O projeto indica que, em caso de avistamento de aves marinhas, a população acione imediatamente a equipe do Projeto de Monitoramento de Praias através do telefone 0800 991-4800 – a mesma recomendação vale ao avistar outros animais marinhos na faixa de areia, vivos ou mortos

Saiba o que fazer ao avistar uma ave marinha:

Foto: Divulgação/ Instituto Albatroz

. Caso o animal esteja nadando, não o retire da água e nem o encurrale. Ele pode estar apenas descansando mais perto da faixa de areia;
. Se estiver na areia, não o devolva ao mar;
. Não alimente os animais;
. Não coloque os animais no gelo ou em balde com água, eles estão com frio.

Projeto de Monitoramento de Praias

O Instituto Albatroz, que conta com um Centro de Visitação em Cabo Frio, executa o Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) da Petrobras em Cabo Frio, Búzios e parte de Arraial do Cabo, somando 25 praias espalhadas por 54 quilômetros de litoral.

O Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) foi desenvolvido para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da PETROBRAS de produção e escoamento de petróleo e gás natural. A realização do PMP-BC/ES é uma exigência do licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Ibama.

Fonte: Fonte Certa