Pescadores de Arraial denunciam excesso de armadilhas de polvo em área de reserva


Os pescadores mergulhadores de Arraial do Cabo denunciaram que há um número excessivo de “espinheis com potes” (armadilhas) para a captura do polvo. Eles ainda alertaram que os responsáveis por essas armadilhas não estariam respeitando o acordo estabelecido com o ICMBio, de limitação de quantidade.

Além disso, os pescadores mergulhadores reclamam que também não está sendo respeitada a distância que essas armadilhas podem ficar dos pesqueiros tradicionais nos costões, como por exemplo no trecho que vai do Ilhote do Oratório à Ilha do Francês, na Praia Grande, o que acaba prejudicando a tradicional pesca de mergulho do polvo

Assim como os pescadores tradicionais de canoas, que pediram a liberação de uma cota de pesca da corvina (do qual já está sendo solicitado o estudo ao Ministério da Agricultura), os pescadores mergulhadores querem que se libere uma quota anual para a pesca da garoupa.

O argumento é o mesmo: o fato de Arraial do Cabo ser uma reserva extrativista marinha, com normas e regulamentos que controlam a pesca muito bem definidos, sempre visando a sustentabilidade e a defesa das comunidades tradicionais.

“Já encaminhamos um ofício ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), solicitando uma reunião para apresentar a pauta de reivindicações ao chefe da RESEXMar o mais rapidamente possível. Nossa preocupação é que a falta de fiscalização, e de ações pontuais para coibir essa prática predativa na área da reserva extrativista, possa afetar o equilíbrio do ecossistema marinho”, pontuou o presidente da AREMAC, Eraldo Cunha.



Fonte: Fonte Certa