Peró recorre à Justiça para ter saneamento básico

Peró recorre à Justiça para ter saneamento básico

Os moradores do Peró, em Cabo Frio, vão recorrer à Justiça para que o local tenha saneamento básico, com rede separativa, captação e tratamento de esgotos. A decisão foi tomada nesta sexta-feira num encontro entre a comunidade, hoteleiros e técnicos convocados pelo movimento Amigos do Peró.

Eles também rechaçam o projeto apresentado pela Secretaria de Obras de Cabo que sugere colocar no interior da Praça do Moinho (única área de lazer do bairro) os ambulantes que ocupam ruas e calçadas, prejudicando o tráfego de ônibus e veículos pesados, na alta temporada do verão.

O encontro dos moradores ocorreu um dia após a Rede LaPlayas divulgar o ranking das dez melhores praias da América Latina. O Peró ficou em segundo lugar no quesito praias afastadas dos centros urbanos e em sétimo lugar no ranking geral da América Latina. E menos de uma semana depois de ter sido pré-aprovada pelo júri nacional para desfraldar a Bandeira Azul (certificado internacional de qualidade) pela sexta temporada consecutiva.

Os hoteleiros principalmente se queixaram dos buracos, desordem e falta de sinalização turística nos acessos ao Peró, além da falta de controle do município na exploração de espaços na areia da praia por ambulantes não legalizados, prejudicando os quiosques e os banhistas, que ficam sem espaço no trecho urbanizado da praia, justamente a faixa da Bandeira Azul. A comunidade também reclama da falta de arborização do bairro e da falta de conservação das trilhas do Morro do Vigia. Convidados, representantes da Prefeitura e do INEA não compareceram.

— O contrato da concessionária Prolagos é de 35 anos e está prestes a vencer sem que a empresa cumpra as exigências contratuais, principalmente em relação ao Peró, um bairro entre duas importantes áreas de conservação e que tem uma praia com Bandeira Azul. Os esgotos, que correm pela rede de águas pluviais, são lançados, sem tratamento, no Canal Itajuru, que deságua na Praia do Forte – disse o engenheiro Antônio Xavier.

O projeto da Prefeitura apresentado ao Ministério Público, que está conduzindo um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para reformar e ordenar a Praça do Moinho, foi desaprovado por unanimidade. Comerciantes e moradores não são contra a permanência de ambulantes na área de lazer, mas de forma controlada e sem prejudicar o comércio local, que funciona o ano todo e não somente durante o movimento da alta temporada.

— Entendemos que a praça de uma área de lazer para ser usada pelo povo e não totalmente ocupada por ambulantes, que precisam de um espaço onde não concorram com o comércio legalmente estabelecido e não impeçam a livre circulação das pessoas – comentou Carlos Cunha, hoteleiro e presidente da Associação dos Hotéis de Cabo Frio.

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©Plantão dos Lagos
Fonte: Approach Comunicação
Fotos: divulgação