Segundo os moradores, a situação é alarmante: o posto de saúde ESF do bairro está em colapso, deixando quase 5.700 moradores desassistidos. Apenas uma médica está atendendo, se desdobrando para cobrir os casos mais urgentes após o afastamento de um profissional por falta de pagamento e tratamento psicológico. A médica também comunicou seu desligamento no final de fevereiro devido à falta de condições básicas para exercer seu trabalho.
Os moradores relatam que receitas e encaminhamentos estão sendo feitos manualmente, pois não há tinta nas impressoras. Além disso, as salas de atendimento são pequenas, sem ventilação, ar-condicionado ou ventilador. Medicamentos básicos estão em falta, prejudicando o tratamento de quem mais precisa. Mesmo diante do abandono, ainda há profissionais dedicados que continuam dando o seu melhor, alguns usando até recursos próprios para suprir necessidades, como folhas de papel, para garantir que a comunidade não fique sem atendimento.
A comunidade do Manoel Corrêa, esquecida há anos, não perdeu a esperança por um futuro melhor e exige uma resposta da Prefeitura de Cabo Frio. A situação na saúde reflete o estado de calamidade financeira decretado pelo prefeito Dr. Serginho, que também afeta outros serviços essenciais do município.