Marketing digital impulsiona marca de sapatos artesanais durante a crise | Pequenas Empresas & Grandes Negócios


A dona de uma marca de calçados femininos artesanais enfrentou a crise e recuperou o faturamento da empresa. A estratégia dela foi o marketing digital. Priscilla Whitaker investe no segmento e se apresenta para as clientes em vídeos.

Priscilla é formada em arquitetura, mas foi como designer de sapatos femininos que encontrou uma vocação. Ela está há 16 anos trabalhando no setor e há seis criou a marca dela, com um diferencial: todos os produtos são artesanais.

“Um sapato manual demora cerca de 30 dias para fazer. São mais de sete sapateiros para fazer um par de sapato”, conta a empresária.

Com a pandemia e o isolamento social, para garantir capital de giro e manter empregos, Priscilla fez uma mega promoção e vendeu todo o estoque. De R$ 500 em média, o valor de cada par caiu para R$ 250.

Para garantir o emprego das funcionárias, ela continuou a produção terceirizada de sapatos em nove pequenas fábricas que trabalham para ela, em São Paulo. O trabalho é tão minucioso que para fazer um sapato é preciso, pelo menos, passar por 25 processos.

De olho no conforto de quem passou a ficar mais em casa, Priscilla também lançou novos modelos na pandemia: “Vamos criar sapatilhas diferentes, que as pessoas vão começar a usar em casa. É para se sentir bem dentro de casa”.

O site, que antes representava apenas 10% das vendas, passou a responder por 40%. Tudo impulsionado por uma nova estratégia de marketing adotada por Priscilla. Com celular em mãos e um vídeo a cada novidade, a empresária veste o look do dia, coloca o sapato mais adequado e apresenta os detalhes: o tipo de couro e o tamanho do salto.

“Todo mundo quer saber quem é a cara que está por trás da marca. E você mostrando pra sua cliente como é que usa, acho que não tem igual. Isso foi o principal, fez a gente alavancar muito mais”, conta Priscilla.

Neste período, também aumentou o envio de malinhas de sapatos para a casa das clientes. “Agora ficou mais evidente, porque foi uma comodidade que a pessoa tinha dentro de casa, já que não podia sair”, diz a empresária.

Priscilla prova que é possível sobreviver com boas estratégias, lançamentos, bons fornecedores e um marketing digital. Antes, ela comercializava 700 pares de sapatos por mês. Agora, passou para 1500 e ainda internacionalizou a marca.

“Uma estratégia pra gente não parar agora é não vender só dentro do Brasil, conseguir ir pra fora. Aconteceu isso e agora estamos em Miami”, comemora.

Priscilla Whitaker ShoesR
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Fonte: G1