Jovem agredido em Maricá, RJ, pede justiça e alega ter sido vítima de homofobia | Região dos Lagos


Um jovem de 20 anos registrou uma ocorrência na delegacia de Maricá, na Região Metropolitana do Rio, e alega ter sido vítima de homofobia. Ele foi agredido pelos pais do namorado na segunda-feira (5) dentro de um mercadinho onde trabalha no distrito de Inoã.

Câmeras de segurança mostram o momento da agressão. O rapaz estava no caixa do estabelecimento quando recebeu socos e tapas.

O jovem formalizou a queixa na delegacia de Maricá na manhã do último sábado (10). Ele contou à polícia que tem um relacionamento há quatro meses com um adolescente de 16 anos de idade e os pais do adolescente não aceitaram o relacionamento.

Os agressores procuraram a polícia na tarde da quinta-feira (8) para denunciar o caso como pedofilia, mas a ocorrência não teve prosseguimento, já que o relacionamento dos jovens foi com consentimento.

Após o caso, a vítima das agressões, Renan Paroli, abriu um processo judicial e aguarda a audiência.

“Eu espero justiça, espero que eles paguem por esse erro. Quero uma indenização. Primeiro porque eles invadiram meu local de trabalho e me agrediram, isso não pode ficar assim. Tudo isso é para eles aprenderem”, diz Renan.

Grupo de manifestantes LGBTQI+ fez uma passeata pacífica contra a homofobia em Maricá — Foto: arquivo pessoal

Ainda na tarde do sábado, um grupo de manifestantes LGBTQI+ fez uma passeata pacífica contra a homofobia na cidade.

“Fomos na delegacia e fomos orientados também a vir ao Hospital Conde Modesto Leal devido às agressões que ele sofreu. A gente está nessa luta solidária contra a LGBTfobia e o preconceito, e vamos juntos até o fim”, conta Carlos Alves, membro do fórum LGBT de Maricá.

Grupo de manifestantes LGBTQ+ fez uma passeata pacífica contra a homofobia em Maricá após jovem ser agredido pelos pais do namorado — Foto: Arquivo pessoal

A Polícia Civil informou que as investigações estão em andamento na 82ª DP (Maricá) e que diligências estão sendo realizadas para esclarecer o caso.

O G1 não conseguiu contato com o casal apontado como agressores.



Fonte: G1