O irmão do empresário Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como “Faraó dos Bitcoins”, foi preso em flagrante na Comunidade do Morubá, em Cabo Frio, na Região dos Lagos, por tráfico de drogas.
De acordo com a Polícia Militar, os policiais chegaram na comunidade após denúncias de que um homem estaria vendendo drogas no local. No local, a Polícia encontrou Imerson Acácio da Silva entregando drogas a um outro homem.
Ainda segundo a Polícia, Imerson Acácio resistiu à revista pessoal e entrou em luta corporal com os militares, além de tentar engolir as drogas e o dinheiro que estavam com ele. Foram apreendidas 4 pedras de crack.
O suspeito foi encaminhado para a delegacia de São Pedro da Aldeia e lá foi constatado que o preso é irmão de Glaidson, que está preso pela Operação Kryptos, da Polícia Federal.
Imerson Acácio já possui diversos antecedentes criminais como roubo, quatro passagens por tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo, evasão mediante violência contra pessoa, corrupção de menores, motim de preso, lesão corporal e dano.
Quem é o “Faraó dos Bitcoins”?
Glaidson ficou conhecido como o “Faraó dos Bitcoins”, em referência a um esquema de pirâmide financeira, que também é investigado pela Polícia Civil do Rio. As promessas de retorno financeiro sobre o valor investido (10%) eram incompatíveis com a realidade. Por causa disso, a cidade de Cabo Frio, onde a empresa operava, ficou conhecida como “Novo Egito”.
Ele era garçom e ganhava R$ 800 reais por mês até se tornar dono da GAS – a empresa de Cabo Frio entrou na mira da polícia depois que R$ 7 milhões foram apreendidos prestes a serem levados de helicóptero de Búzios (RJ) para São Paulo. A investigação foi desencadeada a partir daí, em maio.
Glaidson foi preso em 25 de agosto, na casa dele, em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, na deflagração da operação. Durante a busca, os agentes apreenderam quase R$ 14 milhões em espécie, guardadas em malas, além da maior apreensão de criptomoedas da história do Brasil: aproximadamente R$ 150 milhões em criptoativos. Os agentes apreenderam ainda 21 carros de luxo, relógios de alto padrão e joias.
Em nota, a GAS alega que possui sólidos argumentos jurídicos para refutar as acusações formuladas, aptos a evidenciar a absoluta licitude e regularidade de suas atividades.
Operação Kryptos
A 3ª Vara Federal do Rio de Janeiro tornou réus o empresário Glaidson Acácio dos Santos, dono da GAS Consultoria Bitcoin, e mais 16 pessoas. A denúncia apresentada pelo Ministério Público foi aceita pelo juiz Vitor Valpuesta. Eles irão responder pelos crimes contra o sistema financeiro nacional, gestão fraudulenta e organização criminosa.
A empresa teve R$ 38 bilhões bloqueados pela Justiça e deixou de pagar os rendimentos prometidos aos clientes. Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) encaminhado à Polícia Federal aponta que, só nos últimos 12 meses, foram cerca de R$ 17 bilhões movimentados por Glaidson.
Na prisão
O empresário Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como “Faraó dos Bitcoins”, teria pago propina a um funcionário da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) ao ser preso em agosto, no Rio de Janeiro.
Outros servidores teriam cobrado mais dinheiro do empresário, que teria se recusado a pagar. Como retaliação à suposta negativa, teria sido imputado a Glaidson a descoberta de peças de picanha e celulares no presídio em que ele estava, no Complexo de Gericinó.
Indiciado por tentativa de homicídio
Recentemente a Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó dos Bitcoins” como o mandante de uma tentativa de homicídio, contra um investidor concorrente. O caso aconteceu em março deste ano em Cabo Frio, na Região dos Lagos. Nilson Silva, o Nilsinho sobreviveu, mas ficou tetraplégico.
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