Gestante que teve bebê arrancado da barriga morreu por golpe no coração, aponta laudo; bebê morreu por asfixia | Região dos Lagos


Um laudo preliminar divulgado pelo IML de Macaé, no interior do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (18) apontou que a gestante Pâmella Ferreira Andrade Martins morreu por hemorragia torácica causada por perfuração cardíaca.

A jovem foi encontrada morta dentro do banheiro de casa. Ela estava grávida de oito meses e teve o bebê arrancado da barriga por um corte de arma branca. O crime acontece na quarta-feira (17) na comunidade Nova Holanda, em Macaé. O laudo da perícia do corpo do bebê indicou que ele morreu por asfixia com o líquido amniótico.

Segundo o IML, Pâmella recebeu dois cortes no rosto, dois no abdômen, e vários golpes na região torácica, um deles pegou no coração. Depois, ela teve a barriga cortada para a retirada do bebê. Os golpes teriam sido feitos por um estilete ou canivete. A polícia encontrou um estilete na bolsa da mulher suspeita.

Uma mulher foi presa suspeita do crime depois de dar entrada em uma UPA da cidade com o bebê já morto. A mulher disse na unidade que teve um parto em casa e que o bebê tinha caído da escada. Após exames realizados na mulher, a equipe médica identificou que ela não estava grávida e nem esteve grávida pelo menos nos últimos três meses. Por conta da suspeita, a equipe da unidade acionou a polícia.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Márcio Caldas, a mulher deu uma versão diferente na delegacia. Ela disse à polícia que era amiga de Pâmella desde a época de escola. Ela disse ainda que tinha encomendado uma criança a uma pessoa conhecida.

“Em dado momento ela disse que tinha encomendado a criança mas não imaginava que fosse matar alguém pra conseguir essa criança. E achou que a intermediária ia pegar de uma pessoa que não teria condições de criar a criança. Eu falei que a criança era de uma grávida que foi morta no Nova Holanda. Questionei se ela conhecia a vítima, ela disse que conhecia e que estudaram juntas desde a época da escola”, disse o delegado.

Diferente do depoimento da suspeita, a família da vítima disse que Pâmella conheceu a mulher pelas redes sociais e mantinham uma amizade há poucos meses.

“Nós tivemos informações de que ela já tinha feito contato com outras meninas tentando fazer isso, procurando um alvo. Só que as outras não caíram. Minha filha, por bondade, achando que ia ter uma nova amizade acreditou nela e ela fez o que fez com minha filha”, disse a mãe de Pâmella, Marta Ferreira.

A polícia investiga se a mulher agiu sozinha ou se teve a participação de outra pessoa no crime.

O corpo de Pâmella será enterrado nesta sexta-feira (19) em Macaé.



Fonte: G1