Faraó dos Bitcoins: Glaidson Acácio tem uma prisão revogada pela justiça, restam 6 prisões preventivas. Entenda o caso:


Decisão Judicial Revoga uma das Prisões Preventivas do Empresário Glaidson Acácio dos Santos

Uma reviravolta no caso do empresário Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como o “Faraó dos Bitcoins”, ocorreu nesta segunda-feira. A 3ª Vara Federal Criminal decidiu revogar uma das prisões preventivas de Glaidson, referente a um processo por estelionato contra duas pessoas. No entanto, é importante ressaltar que o empresário ainda enfrenta outras 13 ações penais. Anteriormente, sete prisões preventivas haviam sido decretadas contra ele, restando agora seis.

A decisão foi proferida pela juíza federal Rosália Monteiro Figueira, que cancelou o mandado de prisão contra Glaidson. No entanto, a magistrada negou o pedido da defesa para anular as provas apresentadas contra ele, levando em consideração os princípios da segurança jurídica e a credibilidade do sistema judiciário.

O Ministério Público do Rio de Janeiro aponta Glaidson como líder de uma organização criminosa envolvida no monitoramento e até mesmo assassinato de concorrentes no mercado das criptomoedas.

A operação Novo Egito, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público, revelou o envolvimento do empresário em uma organização criminosa com o objetivo de eliminar concorrentes. Segundo o Gaeco, o “Faraó dos Bitcoins” utilizava parte dos recursos obtidos por meio do golpe da pirâmide financeira disfarçada de investimentos em bitcoins para custear aluguel de carros, compra de armas, pagamento de seguranças, além de contratar detetives e pistoleiros para garantir sua supremacia no mercado de pirâmides na Região dos Lagos do Rio.

Durante as investigações, descobriu-se que Glaidson utilizava seis empresas de fachada para movimentar o fluxo financeiro entre a GAS Consultoria e Tecnologia, empresa liderada por ele, e o chamado “setor de inteligência”. Além disso, foi revelado que as empresas Central Pescados e Alimentos Mourão e Alfabank Consultoria e Investimentos eram utilizadas para o repasse de dinheiro aos executores dos crimes.

A quebra do sigilo telefônico de Glaidson revelou que ele se comunicava com o “setor de inteligência” para dar ordens diretas sobre quais concorrentes deveriam ser eliminados. Em uma troca de mensagens com seu comparsa Ricardo Rodrigues Gomes, conhecido como Piloto, Glaidson, utilizando o nome “Souza Santos”, solicitou ajuda para montar uma equipe com o objetivo de “limpar” a cidade de Cabo Frio.

Glaidson encontra-se detido desde agosto de 2021, quando foi alvo da Operação Kryptos, realizada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal. Ele é acusado de montar uma pirâmide financeira disfarçada de investimento em bitcoins. A Operação Novo Egito é um desdobramento dessa investigação.





Lagos Informa