Donos de hotéis pedem liberação de excursões para feriadão da Independência em Cabo Frio

Os donos de meios de hospedagem de Cabo Frio negociam com a Prefeitura uma alternativa para evitar prejuízos financeiros, depois que o governo municipal revogou a liberação de entrada dos veículos de excursão a partir de setembro. A tentativa é para que a Prefeitura libere, pelo menos, as excursões que já estavam agendadas para o feriadão da Independência, daqui a duas semanas. Um levantamento com a quantidade de ônibus; origem e quantidade de pessoas e quais hotéis que elas irão se hospedar está sendo feito.

De modo mais amplo, o grupo de hoteleiros, que possui cerca de cem empresários, entregou para a Prefeitura um documento, com reivindicações para o funcionamento do setor, como o aumento do limite de ocupação de 40% para 80% dos leitos; a reabertura das praias e a permissão de entrada de ônibus e vans até o limite de metade da lotação do Terminal Rodoviários, na Avenida Wilson Mendes.

As medidas serão discutidas em reunião marcada para a próxima terça-feira (25), com o novo secretário de Turismo e Cultura, Manoel Vieira, que foi nomeador para o cargo em publicação do Diário Oficial Eletrônico da Prefeitura, feita nessa sexta-feira. De acordo com o presidente da Associação de Hotéis de Cabo Frio, Carlos Cunha, o cancelamento das excursões para o feriado seria fatal.

– Podendo atender apenas com 40% de ocupação, aqueles hotéis que fecharam com ônibus, atenderão somente a excursão. Ou seja, com apenas 15 dias de antecedência, veriam sua ocupação cair para zero e ainda teriam que devolver o dinheiro. Estamos fazendo mais um levantamento de todo o prejuízo que essa notícia da proibição dos ônibus causou. Já temos grupos e reservas particulares sendo canceladas até janeiro por conta disso. Vamos apresentar tudo na reunião de terça com o novo secretário – disse Cunha.

Na sexta-feira (21/08), a Prefeitura de Cabo Frio se manifestou sobre o assunto e disse que enviará o documento com as reivindicações do setor hoteleiro para análise do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ). De outro lado, se defendeu, ao dizer que o artigo do decreto que liberava a entrada para os ônibus e vans, assinado em 30 de julho, previa a possibilidade de recuo na permissão, de acordo com a situação da pandemia de Covid-19, “visando a resguardar a saúde dos cabofrienses”.

Como argumento, o governo municipal alegou que o estado de Minas Gerais, de onde vem a maior parte dos turistas que vem ao município, registrou aumento de 7% no número de infectados pelo novo coronavírus, na quinta-feira (20/08). A Prefeitura também rebateu a reclamação de falta de transparência, dizendo que divulga diariamente a evolução do número de casos no município.

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Fonte: Folha dos Lagos
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