Caso Fabiane: Defesa aponta sumiço de provas e espera liberdade de Matheus

A defesa de Matheus Augusto da Silva, apontado pela Polícia Civil como responsável pela morte da moradora de Ingleses, Fabiane Fernandes, alegou diversas inconsistências no processo de investigação e o sumiço de provas em poder da Justiça. Agora, aguarda a análise de um habeas corpus. Fabiane era moradora dos Ingleses, em Florianópolis, onde administrava uma pousada. Matheus estava acampado em uma trilha em Arraial do Cabo, onde Fabiane foi encontrada morta em 2018.

Segundo Martha Dias, advogada de Matheus, os exames de DNA não apontaram a localização de material genético do suspeito no corpo da vítima. Ela diz que Fabiane tinha caso com um homem chamado Cássio. Ele seria casado e conhecido na região de Arraial, além de ter família na região metropolitana de Porto Alegre.

“Hoje não há um depoimento contra o Matheus que se sustente. Não há. O habeas corpus está em conclusão com a Drª Mônica Toledo, na 3ª câmara criminal, e vou te dizer mais. O aparelho (celular) da Fabiane, no curso do processo, desapareceu. Esse aparelho foi apreendido ao lado do corpo. Desse mesmo aparelho, segundo o Dr. Renato Mariano (delegado que investigou) ele extraiu as fotos que ele achou necessário. Só não aparecem as mensagens que a vítima trocou. (…) Queremos acesso ao telefone para confirmar que Cássio e Fabiane não tinham nada demais. Pedimos os pertences e foi nos dada uma certidão de que não havia nada”, declarou a advogada.

O corpo foi encontrado com sinais de violência e estupro. Além disso, o celular e documentos estavam ao lado do corpo. Todos os itens foram apreendidos pela polícia e repassados à Justiça. O sumiço de pertences da vítima dificultam o prosseguimento das investigações e o acesso da defesa ou da acusação. As falhas na investigação foram denunciadas pela defesa à Corregedoria da Polícia Civil do Rio de Janeiro. O pedido de liberdade de Matheus está tramitando desde fevereiro. Ele está preso na cadeia pública Patrícia Acioli, em São Gonçalo.

O QUE MATHEUS ESTAVA FAZENDO NA MESMA TRILHA?

Matheus conheceu um rapaz identificado como Rodrigo Carlos, o hippie, e ambos foram para Arraial do Cabo. Matheus acabou acampando numa trilha, a mesma onde Fabiane foi encontrada morta. Ele era considerado um andarilho. Foi preso em São Carlos, interior de São Paulo em 2018.

Todas as nossas reportagens estão em constante atualização. Quem entender (pessoas físicas, jurídicas ou instituições) que tem o direito de resposta acerca de quaisquer de nossas publicações, por ter sido citado ou relacionado a qualquer tema, pode enviar e-mail a qualquer momento para [email protected]

©Plantão dos Lagos
Fonte: Redação / Plantão
Fotos: divulgação