Bikes elétricas compartilhadas chegam ao Rio


RIO — As primeiras bicicletas elétricas compartilhadas da América Latina chegaram neste sábado em algumas estações do Rio da Tembici, em parceria com o Itaú Unibanco, patrocinador do Bike Itaú. Nas ruas, elas podem ser identificadas por uma parte branca sobre a roda e na frente, diferente das comuns que são todas laranjas com detalhes em preto.

Outra diferença é que elas são acionadas por um QR Code no aplicativo da Bike Itaú. O novo modelo começou a funcionar hoje em bairros como Leme, Ipanema e Lagoa. Até a próxima semana, serão distribuídas 500 unidades por toda a cidade e não haverá custo nos primeiros sete dias. Depois, cada viagem com a elétrica custará R$ 3 — a base é o plano da comum.

Funcionários que estavam nas estações explicaram que nesta primeira semana de testes nem todos terão acesso e os bairros serão inclusos aos poucos. Foi o que aconteceu na estação na rua Garcia d’Ávila, em Ipanema. Alguns clientes não conseguiram tirar a bike para experimentar. Outros não sabia ainda e ficaram curiosos, achando que eram unidades novas apenas.

Já para outros, como a designer de produto Raissa da Cunha, deu certo o passeio neste sábado. Para ela, será uma mão (ou pé) na roda, pois ela já costuma fazer de bike o trajeto de sua casa, no Flamengo, para o trabalho em Ipanema. Ela chegou a pesquisar preços e testar modelos da elétrica na semana passada. Com a opção de alugar, porém, disse que vai repensar na ideia.

— Agora estou em home office, mas pretendo usar as duas. Por um lado, tem o custo adicional, mas, por outro, facilita porque há vezes que cansa muito pedalar.

A designer de produto Raissa da Cunha ativa a bicicleta elétrica compartilhada por QR Code no aplicativo da Bike Itaú
A designer de produto Raissa da Cunha ativa a bicicleta elétrica compartilhada por QR Code no aplicativo da Bike Itaú Foto: Fabio Rossi / Agência O Globo

A empresária Ariella Braz que estava passando pela estação também gostou da novidade. Ela já tinha experimentado o modelo em Portugal.

— Ajuda a ir mais longe. Por exemplo, hoje eu poderia ir daqui ao Centro, no Museu do Amanhã, o que não faria se fosse com a normal.

Usar para trabalhar também é ideia do médico Fernanda Bozz, que mora no Leblon e atende em Botafogo.

— Vendi meu carro há três anos e uso a bicicleta para ir trabalhar. Vou pela Lagoa, onde tem ciclovia, então é tranquilo, mas com a elétrica é melhor, cansa e sua menos.

A estação de bikes é a mesma para elétricas e comuns. Segundo o sócio da Tembici, Mauricio Villar, o que diferencia é o sistema de cada uma para travar. Na e-bike, como são chamadas, eles conseguem travar se a carga estiver inferior a 20%, por exemplo. As bicicletas elétricas têm limite de velocidade de 25km/h e sua carga dura até 60 quilômetros. As próximas cidades a terem o modelo são São Paulo, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Chile e Argentina, mas ainda sem data definida.





Fonte: G1