Associação entrega rede de 200 braças para pescadores de Arraial do Cabo

Thiago Rodrigues (conselheiro da associação), o pescador artesanal “Dica” e o presidente da Aremac, Eraldo Cunha

Os pescadores de canoas da Praia dos Anjos, em Arraial do Cabo, ganharam um reforço para o seu trabalho: uma rede de 200 braças (cerca de 365 metros de diâmetro), que chega a dezesseis metros de profundidade (nove braças) quando lançada no mar. A rede é pelo menos 50 braças maior do que as usadas na atualidade e de material mais leve e resistente. O equipamento de pesca foi doado pela Associação da Reserva Extrativista Marinha de Arraial do Cabo (AREMAC), que investiu cerca de R$ 7,5 mil para confeccionar a rede.

Foram cerca de 40 dias de trabalho, a cargo do pescador artesanal Wanderley Vianna, o “Dica”, que também utilizou o espaço da sede da AREMAC, também na Praia dos Anjos, para confeccionar a rede. O utensílio vai beneficiar mais de 120 pescadores da Praia do Pontal, que trabalham nas 12 canoas que se revezam no mar, principalmente na pesca da tainha. Na semana passada, ainda com os equipamentos atuais, o grupo chegou a pescar 1,5 toneladas do peixe em um único dia. A pesca da tainha é uma das muitas atividades extrativistas que acontecem na RESEXMar, em Arraial do Cabo.

A entrega da rede foi feita nessa terça-feira (08/06) pelo presidente da AREMAC, Eraldo Cunha, e seus diretores ao grupo de pescadores da Praia dos Anjos. “Nos últimos meses, e principalmente desde março do ano passado, encontramos muita dificuldade para desenvolver o nosso trabalho, por conta da queda da arrecadação devido à pandemia da Covid-19, mas isso não nos impediu de continuar ajudando os beneficiários da nossa reserva extrativista. É nosso dever e mais que uma obrigação, é nossa missão”, destacou.

A associação sobrevive exclusivamente do repasse de 10% do valor arrecadado com a cobrança da taxa de embarque na Marina dos Pescadores. De março a setembro de 2020, nenhum recurso foi arrecadado e hoje a receita da associação está 70% menor que o normal. “Isso não é motivo para cruzamos os braços, ao contrário, nunca deixamos de desenvolver o nosso trabalho, seja no monitoramento rotineiro da RESEXMar, com nossa lancha e agentes em campo, seja no auxílio ao pescador, na manutenção da fazenda marinha e em uma série de outra frentes de trabalho”, explicou Eraldo Cunha.

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