O homem acusado de matar o estelionatário Bruno Alves da Silva, de 38 anos, em um bar na Barra da Tijuca, foi preso nesta quinta-feira (13), em Maricá. Ele foi identificado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) como Fábio de Oliveira Júnior. O crime, que aconteceu em 4 de setembro, teria sido motivado por uma discussão com relação a uma desavença do passado.
O autor, que estava foragido desde o dia do assassinato, foi encontrado no bairro de Itaipuaçu, a partir de informações obtidas pelo setor de inteligência da especializada. Contra ele havia um mandado de prisão temporária.
De acordo com a Polícia Civil, além do acusado, estava no local sua namorada, que está grávida e é suspeita de ter entrado com a arma do crime no estabelecimento onde ocorreu o homicídio. Ela foi conduzida à delegacia para prestar esclarecimentos.
Entenda o caso
Na noite em questão, Bruno chegou ao local acompanhado da mulher e encontrou um grupo de amigos. Os suspeitos – três homens e uma mulher (esposa de um deles) – já estavam no estabelecimento. Segundo os agentes, a arma do crime entrou no bar dentro da bolsa da acusada, na tentativa de que o marido escapasse da revista pessoal.
Ainda de acordo com os policiais, ao avistarem Bruno, dois dos criminosos se dirigiram à sua mesa e o ameaçaram e ofenderam, sem que o mesmo esboçasse qualquer reação. Em determinado momento, um dos homens desfere um tapa no rosto da vítima, que reage com um soco e derruba o agressor no chão.
A partir deste momento, uma briga generalizada se inicia no local, com garrafas e cadeiras sendo arremessadas. Antes de atirar, Fábio foi acertado com um soco desferido por Bruno. Neste momento, ele recebeu da mão de um dos comparsas a arma usada no crime. Enquanto a vítima estava sendo socorrida pela esposa, o grupo fugiu do local.
Momentos depois Fábio retorna à cena do crime e grita para a mulher: “Fui eu que matei”, atravessa a rua e vai embora. Toda a ação foi registrada por câmeras de segurança do local.
Vítima era conhecida por aplicar golpes
A quadrilha de Bruno foi desarticulada em 2014 e segundo as investigações da época, ele liderava o grupo junto com seu irmão gêmeo, André Alves da Silva. De acordo com a sentença judicial, a quadrilha inseria dispositivos coletores de dados de cartões magnéticos em caixas eletrônicos de lugares como o Aeroporto Internacional Tom Jobim. Com o equipamento conhecido como “chupa-cabra” inserido, o bando copiava informações sigilosas dos cartões para outros recarregáveis, que eram usados em compras e saques de dinheiro.
Naquele ano, a estratégia era considerada sofisticada. O esquema se reproduzia no comércio em máquinas de empresas credenciadas e contou com participação de garçons, seguranças e motoristas de táxi.
*Com informações do jornal O Dia.
Fonte: Polícia RC24H