Suíça doará R$ 30 milhões ao Fundo Amazônia após assinar acordo


Amazônia vista de cima
Agência Brasil

Amazônia vista de cima

A Suíça formalizou nesta quarta-feira (4) seu compromisso de apoiar o Fundo Amazônia, fortalecendo os esforços internacionais para a proteção ambiental na região amazônica.

O acordo, assinado entre os dois países, marcou o início de uma parceria significativa, com a Suíça fazendo sua primeira contribuição de R$ 30 milhões, que será repassada ao Brasil imediatamente.

O Fundo Amazônia tem sido uma importante fonte de financiamento para iniciativas de conservação e desenvolvimento sustentável na Amazônia, contando com a Alemanha e a Noruega como seus principais doadores.

“O Fundo Amazônia é hoje, continua sendo ao longo desses quinze anos, o maior fundo do mundo. Para nós, é muito importante ações como essa, que a gente está assinando hoje, que mostram e sinalizam a importância de continuarmos executando e exercendo essa ação superimportante [de preservação da Amazônia]”, declarou a diretora do BNDES, Tereza Campello.

Durante a cerimônia de formalização, uma exposição foi inaugurada para destacar a parceria histórica entre a Suíça e a região amazônica.

Fundo Amazônia

Criado em 2008, o Fundo Amazônia já recebeu doações substanciais da Noruega e da Alemanha. No entanto, em 2019, os repasses foram suspensos e os valores congelados para novos projetos após a posse do presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), porque países europeus identificaram que o ex-líder brasileiro não demonstrou preocupação com as pautas ambientais.

A Noruega, por exemplo, anunciou a doação de R$ 3 bilhões ao Brasil após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), destacando a importância da cooperação internacional para enfrentar os desafios ambientais da região.

Além disso, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, expressou sua intenção de liberar US$ 500 milhões para o Fundo Amazônia ao longo de cinco anos, enquanto o Reino Unido também planeja contribuir.

Setor de carbono

O embaixador suíço Pietro Lazzeri elogiou os esforços do governo brasileiro para aprovar um projeto de lei que regulamenta o mercado de carbono no país.

“A Suíça é o primeiro país que tem acordos bilaterais de acordo de carbono e o Brasil, neste sentido, tem um potencial enorme. Achar soluções e trabalhar com parceiros brasileiros, essa é a nossa missão”, comentou Lazzeri.

Esse projeto foi recentemente aprovado na Comissão de Meio Ambiente e seguirá para a Câmara dos Deputados. Essa legislação é vista como um passo importante na busca pela redução das emissões de gases de efeito estufa.



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