15ª Primavera dos Museus inspira imersão cultural e histórica; g1 lista museus com tour virtual e acervo digital no interior do Rio | Região Serrana


A 15ª Primavera dos Museus foi aberta nesta segunda-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) contando com vasta programação até o próximo domingo, dia 26 de setembro. São mais de 680 instituições participantes e 1.700 atividades entre exposições, apresentações artísticas, debates e seminários.

Neste ano, em virtude da pandemia, o tema escolhido foi “Museus: perdas e recomeços, uma reflexão sobre a atuação dos museus nesse momento tão delicado”.

Para ver a programação completa no guia digital disponibilizado pelo Ibram, basta acessar o arquivo em PDF e clicar na cidade desejada.

O guia também é um convite a navegar pelos museus Brasil afora, sem sair de casa, em busca do desconhecido para encontrar novos saberes. Tudo isso é possível graças às atividades on-line, muitas disponíveis nas redes sociais dos museus e demais instituições culturais, aos tours virtuais 360º, e à disponibilização de acervos com fotos ou documentos digitalizados.

Abaixo, o g1 selecionou alguns museus, independentemente de fazerem parte da programação, que contam com tour virtual 360º e ou acervos digitais imperdíveis. Veja lista:

1 – Museu Imperial (Petrópolis)

Salões do Museu Imperial podem ser conhecidos virtualmente, fazendo um tour 360º — Foto: Reprodução site Museu Imperial

O Museu Imperial, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, é conhecido mundialmente, mas quem não teve a chance de ir pessoalmente ao palácio poderá fazer um passeio virtual cheio de detalhes do Segundo Reinado, que impressionam pela exuberância das peças e da arquitetura.

Links rápidos (Museu Imperial):

  • Tour Virtual 360º – Clique na foto desejada para conhecer alguns dos salões do Museu Imperial. É possível usar a opção de óculos 3D para ver algumas peças (basta clicar no desenho do óculos que aparece no topo da página) .
  • Visita pelo Google Arts & Culture – site da Google permite tour virtual por dentro do Museu Imperial, com uso da tecnologia do Street View, e traz ainda detalhes de diferentes peças em alta resolução.
  • Oficina de Papel Machê online para crianças: Inscrição limitada, com retirada de kits no museu em 24/09. Aos inscritos, será enviado e-mail de confirmação com as instruções para retirada dos kits e o desenvolvimento da atividade.
  • História e personagensTudo começou em 1822, quando d. Pedro I, viajando para Minas Gerais em busca de apoio ao movimento da Independência do Brasil, encantou-se com a Mata Atlântica e o clima ameno da Região Serrana.
  • Visitação ao palácio: a visita ocorre de terça a sábado, das 10h às 16h, mediante agendamento pelos telefones +55 (24) 2233-0313 e +55 (24) 2233-0345. O limite é de 50 visitantes por hora. O atendimento para a marcação vai de segunda a sexta, das 9h às 17h.

2 – Casa-Museu Carlos Scliar (Cabo Frio)

Casa-Museu Carlos Scliar, em Cabo Frio, conta com tour virtual que começa do lado de fora da instituição — Foto: Reprodução Casa-Museu Carlos Scliar

Com o objetivo de preservar a memória e acervo deste desenhista, gravurista, pintor, ilustrador, cenógrafo, roteirista e designer gráfico brasileiro, no ano de sua morte, em 2001, foi criado o Instituto Cultural Carlos Scliar, que também tinha como missão a ativação cultural na cidade de Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio. A Casa Atelier, então, se tornou museu aberto ao público em 2003, quando as cinzas do artista foram lançadas no Canal do Itajuru, bem em frente ao espaço.

No site é possível encontrar toda a história de Scliar, desde o seu nascimento, em 21 de junho de 1920, em Santa Maria da Boca do Monte (RS), passando por sua trajetória em diferentes cidades do Brasil e do Mundo, atuado em movimentos pela paz e fim das desigualdades, até chegar a 2011, quando o Instituto Municipal do Patrimônio Cultural (PMCF) tombou tanto o acervo quanto a Casa Ateliê, onde Scliar morou por 40 anos.

Links rápidos (Casa-Museu Carlos Scliar)

  • Site do museu Página tem tudo sobre a história e acervo do pintor, além de projetos educacionais e sociais desenvolvidos no espaço, proporcionando uma abordagem multidisciplinar aos estudantes visitantes, como conta ao g1, Cristina Ventura, coordenadora do museu.

“O Scliar vai para a segunda Guerra Mundial, era muito amigo e trabalhou com intelectuais de diversas áreas da cultura. Então, a partir do Scliar, conseguimos falar de Clarice Lispector, de Jorge Amado, Vinícius de Moraes, João Bosco, Oscar Niemeyer, ou seja, a gente passeia pela música, pela literatura, pela arquitetura, por todo esse período modernista que traz um Brasil cultural muito exponente”.

  • Tour Virtual 360º – O passeio começa do lado de fora, onde o visitante é recebido pela estátua de Carlos Scliar, sentado de pernas cruzadas, em uma cadeira na calçada, concentrado na execução de mais uma de suas obras. Depois, basta seguir para dentro do espaço e apreciar as obras com riqueza de detalhes.

“A nossa expectativa é de que a visita virtual provoque a vinda presencial. Em novembro, a gente espera que, com mais pessoas vacinadas, possa fazer a reabertura”, conclui a coordenadora, Cristina Ventura.

3 – Fundação D. João VI (Nova Friburgo)

Sede da Fundação D. João VI de Nova Friburgo — Foto: Reprodução site Fundação D. João VI de Nova Friburgo

No site da Fundação D. João VI de Nova Friburgo é possível encontrar uma variedade de arquivos raros, digitalizados, que ajudam a contar fatos importantes que marcaram a história do município e regiões vizinhas. O objetivo da Fundação é produzir e difundir conhecimento incentivando o desenvolvimento de pesquisas históricas e ações na área da tecnologia aplicada às atividades arquivísticas, museológicas e educacionais.

A sede da Fundação fica no solar construído em 1843, na Praça Getúlio Vargas, para ser residência urbana de Antonio Clemente Pinto, futuro Barão de Nova Friburgo. Em 2016, uma das salas do edifício, que passa por reformas, foi inaugurada, dando início ao sonho do primeiro museu especialmente voltado para a história da cidade. Na sala está exposta ao público a coleção de estátuas “Quatro Estações”, de autoria do artista Mathurin Moreau, do final do século XIX.

Os monumentos estavam dispostos na praça Dermeval Barbosa Moreira desde 1918 em virtude do centenário do município, mas em 29 de janeiro de 2014 foram retirados no local para serem restaurados.

Links rápidos (Fundação D. João VI)

  • Site da Fundação (página inicial) – Na página há informações sobre a fundação, história do prédio, projetos realizados, documentos históricos e fotos antigas da cidade.
  • Museu Nesta página, a Fundação aborda a trajetória do prédio e o sonho de se tornar museu.
  • Pró-Memória Digital – este é o espaço onde os visitantes encontram acervos digitalizados, a partir de um trabalho experimental iniciado em 1996 e continuado em 2009, devido aos avanços tecnológicos, reunindo importantes documentos digitais na ordem de terabytes. Basta clicar no tipo de documento desejado para ter acesso, conforme mostrando na imagem abaixo, reproduzida do site.

Projeto Pró-Memória Digital reúne arquivos digitalizados em alta qualidade sobre a história de Nova Friburgo e regiões vizinhas — Foto: Reprodução site Fundação D. João VI de Nova Friburgo

4 – Projeto ‘Museus do Rio’

Site do projeto ‘Museus do Rio’ promove o conhecimento por meio da valorização da memória ao mapear museus no estado do Rio — Foto: Reprodução site Museus do Rio

Museus do Rio é um projeto de utilidade pública coordenado pelo Grupo de Pesquisa cadastrado no CNPq: “Memória, Cultura e Patrimônio”, sob a liderança da antropóloga Regina Abreu. Por meio da iniciativa, o site reúne informações sobre os museus presentes nas cidades do estado do Rio de Janeiro.

Ao acessar a página, o visitante vê logo o convite: “Descubra um Rio de Janeiro que você ainda não conhece: visite os Museus do Rio”. O internauta pode optar pela busca de museus na cidade do Rio de Janeiro ou por regiões do estado, bastando navegar por um mapa ilustrado.

Site Museus do Rio tem mapa navegável para que o internauta encontre museus por região do estado ou na capital — Foto: Reprodução Portal Museus do Rio

No Norte Fluminense, por exemplo, o site apresenta informações sobre os seguintes pontos históricos:

  • Complexo Cultural Fazenda Machadinha, uma comunidade quilombola em Quissamã (saiba mais);
  • Museu Casa Quissamã (saiba mais);
  • Museu Olavo Cardoso, usineiro e filantropo campista (saiba mais);
  • Solar do Colégio – Arquivo Público Municipal de Campos dos Goytacazes (saiba mais);
  • Solar dos Mellos – Museu da Cidade de Macaé (saiba mais).

Site Museus do Rio também traz informações sobre patrimônios históricos do Norte Fluminense — Foto: Reprodução Portal Museus do Rio

O projeto ‘Museus do Rio’ tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), no âmbito do Edital Pensa-Rio, e tem como parceiros a Escola de Museologia da Unirio, o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), a Associação Brasileira de Museologia (ABM), o Sistema Estadual de Museus do Rio de Janeiro e o Sistema Municipal de Museus do Rio de Janeiro.

Links rápidos (Museus do Rio)



Fonte: G1