Trabalhadores da Volks de Taubaté aprovam proposta de estabilidade por 5 anos e plano de demissão voluntária

Funcionários da Volkswagen de Taubaté aprovaram na tarde desta quarta-feira (16) a proposta apresentada pela montadora junto aos sindicatos das cidades onde a empresa possui fábrica para alterar pontos do acordo coletivo.

A proposta aprovada prevê estabilidade de 5 anos e a abertura de um Plano de Demissão Voluntária (PDV) com pagamento de até 20 salários para quem aderir. A proposta original da empresa era demitir 35% dos trabalhadores. A votação foi feita em assembleia respeitando o distanciamento mínimo devido à pandemia do coronavírus.

Em Taubaté só foram registrados dois votos contrários à proposta. A planta tem cerca de 3,1 mil trabalhadores. As atividades na fábrica foram retomadas no início de junho, com a volta de 1,8 mil funcionários após paralisação em março por conta da pandemia. No final de julho, outro grupo de cerca de 1,1 mil trabalhadores retornou após um período de layoff. Além de Taubaté, o acordo já foi aprovado na terça em São Bernardo do Campo.

Os principais pontos da proposta da empresa em todas as fábricas foram:

  • garantia de emprego por 5 anos para os trabalhadores;
  • abertura de um PDV com pagamento de até 20 salários para quem aderir;
  • fixação no valor da participação nos lucros da empresa em R$ 12.800 em 2020;
  • correção no valor da participação nos lucros de acordo com o INPC até 2024;
  • possibilidade de utilização do layoff até o limite de 10 meses;
  • teto salarial reduzido em 17,05% para os horistas admitidos a partir de 2021;

A prorrogação por 5 anos das demais cláusulas trabalhistas do acordo coletivo que não foram tratadas nesta negociação.

Além das cláusulas do acordo coletivo, a Volkswagen e os sindicatos ainda acertaram algumas propostas relacionadas a possíveis novos produtos nas fábricas de São Bernardo e Taubaté.

Uma das sugestões é garantir que um modelo produzido no ABC Paulista também possa ser feito no interior, mesmo sem estar utilizando a capacidade máxima em São Bernardo. A contrapartida é que o volume de produção na primeira unidade deverá ser maior que na segunda.

Fonte: G1