As atividades da Shineray no Brasil sempre foram mais focadas na região Nordeste. Não por acaso, a marca é a única fora do Polo Industrial de Manaus (PIM) – sua fábrica fica no Complexo de Suape, a 40 quilômetros de Recife, em Pernambuco.
Em seus 15 anos de atividades por aqui, a Shineray sempre vendeu motonetas, scooters e motos de baixa cilindrada – e obteve sucesso principalmente com os modelinhos equipados com motores de 50 m³ (“cinquentinhas”).
Agora, porém, está de olho em outros segmentos e investe em scooters elétricas para atrair o público feminino. A motivação vem dos dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran)- segundo o órgão, até novembro do ano passado o país contabilizava pouco mais de 7,8 milhões de mulheres motociclistas.
A ideia é simples: oferecer novas opções a um público que busca um transporte adequado a curtas distâncias, mas que também tenha baixo custo de compra e de manutenção, e ainda seja conectado às boas práticas de sustentabilidade.
“A praticidade de poder carregar a bateria em casa ou no seu local de trabalho, em até quatro horas, também é um diferencial importante”, valoriza o CEO da Shineray, José Edson Medeiros.
Hoje, a marca vende três modelos: o SE1 com bateria de chumbo ácido, a R$ 9.990, o mesmo SE1 mas com bateria de lítio, a R$ 11.990, e o SE2, que também custa R$ 11.990. A autonomia dos modelos varia de 60 a 80 quilômetros.
E para reforçar ainda mais suas atividades, a Shineray fechou recentemente uma parceria com o Banco Santander para facilitar o financiamento dos veículos da marca. Há planos com prazos de até 60 meses e taxas de juros mensais a partir de 0,99%. Junto com isso, a marca chinesa pretende abrir mais concessionárias, inclusive fora do Nordeste.
Se tudo der muito certo, a expectativa é que a Shineray logo se torne a terceira marca mais vendida do país, com um volume anual em torno de 30 mil unidades. Atualmente está atrás apenas de Honda, Yamaha e BMW – e a marca alemã tem números bem mais modestos do que os das japonesas líderes: vendeu pouco mais de 5.400 unidades este ano, até o fechamento de junho, e cerca de 10.500 em todo o ano passado. A conferir.
Fonte: R7