Rafael Câmara já pode aplicar a Super Licença na F1; veja como funciona a certificação


O jovem brasileiro Rafael Câmara pode estar prestes a dar mais um grande passo em sua jornada para se tornar um piloto da Fórmula 1. Nas últimas semanas, o atleta conquistou seu primeiro título na Fórmula 3 e recebeu diversos elogios de Jerome D’Ambrosio, atual vice-diretor da Ferrari.

O pernambucano de apenas 20 anos faz parte da Academia de Pilotos da escuderia italiana e foi por seu recente desempenho que somou pontos suficientes para obter o documento exigido pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) – além do campeonato na F3, as corridas disputadas durante sua época na FRECA e outras categorias de base também auxiliaram a conquista.

Com uma boa passagem pela fase primária, um anúncio de sua subida para a F2 – a modalidade intermediária – deve acontecer em breve. Além dele, Dino Beganovic, que também compete pela Academia de Pilotos da Ferrari, já conta com a pontuação necessária para dar o próximo passo.

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Como funciona a Super Licença?

Grande Prêmio da Bélgica de Fórmula 1 – Foto: Dan Mullan

A qualificação emitida pela FIA é indispensável para os atletas que buscam correr na F1. A licença é concedida com base em diversas normas previstas no Código Esportivo Internacional e na soma de uma quantia de pontos conquistados durante a participação em outras competições do automobilismo.

Até meados de 2024, a regulamentação previa que apenas automobilistas com mais de 18 anos e com uma carteira de motorista comum poderiam aplicar para a segunda licença. Agora, porém, a organização passou a aceitar pilotos que “demonstrassem recente e constante habilidade e maturidade excepcionais em competições de carros de fórmula monopostos podendo receber uma Super Licença aos 17 anos de idade“.

Além disso, os competidores precisam completar ao menos 80% de duas temporadas separadas de uma série de campeonatos certificados de monopostos, concluir com sucesso um teste de conhecimento sobre o Código Esportivo Internacional e o Regulamento Esportivo da F1 e acumular no mínimo 40 pontos ao longo de sua trajetória no esporte.

A “Super Carta” também serve como controle de punições do órgão, sendo assim há um limite de multas que os profissionais podem receber até serem suspensos — 12 pontos. Essas penas são mantidas no registro de determinado participante durante 12 meses.

Confira abaixo a tabela completa de pontos feita pela FIA

Tabela de pontuação de campeonatos gerais do automobilismo – Foto: Reprodução/FIA
Tabela de pontuação de campeonatos gerais do automobilismo – Foto: Reprodução/FIA
Tabela de pontuação de campeonatos gerais do automobilismo – Foto: Reprodução/FIA

Quais outras formas os pilotos podem conseguir a certificação?

Dentre as várias normas que devem ser cumpridas há ainda outras formas das quais os atletas podem usufruir para garantir sua Super Licença.

  • Nos campeonatos da FIA, em que há um sistema de pontos de penalidade em vigor, qualquer piloto que tenha passado pelo campeonato inteiro sem receber nenhuma penalidade em pontos receberá duas bonificações adicionais além de seus resultados esportivos.
  • O vencedor da Copa do Mundo Regional de Fórmula da FIA também receberá três pontos adicionais além de seus resultados esportivos no mesmo ano.
  • O titular de uma Superlicença somente para Treinos Livres receberá um ponto adicional por participar do Campeonato Mundial de Fórmula 1 da FIA após completar com sucesso pelo menos 100 km durante uma sessão de treinos livres, desde que não tenha havido penalidade de pontos nesse tempo. Um total máximo de 10 pontos adicionais serão considerados para a solicitação de uma Superlicença.

*Estagiária sob supervisão 

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