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24/02/2025 – 14:27
Quantas corridas Jorge Martín precisará para se recuperar do acidente de Sepang, na Malásia, que o tirou da importante fase dedicada ao aprimoramento da Aprilia? Essa é a maior incógnita à medida que se aproxima a corrida de abertura da temporada de 2025 da MotoGP, entre os dias 28 de fevereiro e 2 de março. O campeonato mais longo da história da categoria começará na Tailândia, com 22 provas no calendário.
O circuito de Chang confirmará mais uma vez as impressões iniciais que surgiram dos últimos testes realizados na mesma pista, ou seja, se Marc Márquez já está em plena sintonia com a Ducati. A pergunta que fica é se o espanhol colocará seu novo companheiro de equipe, Francesco Bagnaia, sob pressão.
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Em meio a tudo isso, um fato que ficou claro é que a moto do time de Borgo Panigale também será a referência deste ano, tanto na versão GP24 (cliente) quanto na GP25 (fábrica). Alex Márquez (Ducati-Gresini) foi o mais rápido no terceiro e último dias na Malásia, enquanto seu irmão dominou o segundo em Buriram. Apesar desses resultados, mas através de uma perspectiva de desenvolvimento, os últimos testes levantaram mais dúvidas do que respostas.
Diretamente dos boxes da dupla vermelha, o chefe de equipe Davide Tardozzi anunciou que as motos serão atualizadas apenas em termos de eletrônica e suspensão. O motor, chassi e aerodinâmica serão os de 2024, pois todos esses componentes provaram ter um bom desempenho.
Na Aprilia, a equipe está tentando ver sua situação com otimismo, principalmente as boas performances de Marco Bezzecchi na Tailândia. Tudo isso para não lamentar muito a queda feia de Martín na Malásia. O atual campeão mundial, brutalmente lançado da sua moto no início de fevereiro após apenas algumas voltas, passou por uma cirurgia em Barcelona para reparar a fratura na mão direita, enquanto foi decidido não intervir nas lesões do pé esquerdo.
Para complicar ainda mais, houve o acidente envolvendo Raul Fernandez (da equipe satélite Trackhouse), que sofreu uma fratura na mão esquerda e no dedo do pé esquerdo, privando a Aprilia de seu único piloto com experiência. Em Noale, no entanto, a escuderia está convencida de que fez um bom trabalho.
“Depois de Sepang, tivemos que redefinir nossos planos. Tínhamos muitas coisas para testar durante as férias de inverno e, felizmente, chegamos ao fim de nossa longa lista. Esperamos que nessas primeiras corridas possamos encontrar confiança imediata na moto”, comentou Paolo Bonora, diretor esportivo da Aprilia, entrevistado pelo site oficial da MotoGP.
As marcas japonesas também deverão mostrar uma resposta à supremacia da Ducati nos últimos anos. A Honda, por exemplo, deu sinais de recuperação, com Joan Mir em sexto na Tailândia.
“A simulação da sprint foi melhor do que eu esperava, mas ainda falta um pouco de motor e é definitivamente a área que pode fazer a diferença se for melhorada durante a temporada. Em relação a 2024, o equilíbrio é melhor, enquanto a aerodinâmica e o chassi também estão funcionando melhor”, analisou o piloto espanhol.
A Yamaha, depois de ter brilhado em Sepang com Fabio Quartararo, preferiu adotar cautela. O desempenho do piloto na Tailândia foi um pouco diferente, já que ocupou a oitava colocação, enquanto Alex Rins fechou em 17º.
“Durante as voltas rápidas em Buriram, demonstramos que a diferença com a concorrência diminuiu”, avaliou Massimo Meregalli, chefe de equipe da Yamaha.
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