Hamilton sobre última corrida pela Mercedes: ‘Não creio que terminará bem’


Depois de 12 temporadas na Mercedes, o piloto Lewis Hamilton encerrará sua relação vencedora com a escuderia no próximo domingo (8), após cruzar a linha de chegada do circuito de Yas Marina, no Grande Prêmio de Abu Dhabi, mas garantiu nesta quinta-feira (5) que dará o seu melhor, mesmo sem ilusões de terminar com uma boa classificação.

“Não creio que terminará bem. Terminará. O que importa é dar o melhor de si”, afirmou o britânico, que realizará seu sonho ao assumir uma vaga na Ferrari em 2025. O último GP do ano fechará uma combinação que rendeu à equipe anglo-alemã oito campeonatos de construtores consecutivos, sete títulos de pilotos – seis conquistados por Hamilton – e 120 Grandes Prêmios.

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Vitórias

Ao longo da relação com a Mercedes, o heptacampeão tornou-se o piloto de maior sucesso na F1, vencendo seis dos seus sete campeonatos mundiais, 84 das suas 105 vitórias em corridas e conquistando 78 das suas 104 poles.

Apesar dos números, o ano de 2024 foi frustrante para Hamilton, e ficou ainda mais decepcionante à medida que ele se aproximava do fim, com o crescimento de seu companheiro de equipe George Russell. As vitórias em Silverstone e Spa, as primeiras em dois anos e meio, não foram suficientes para levantar o ânimo.

Toto e Hamilton

“Quando ele tomou a decisão de sair, sabíamos que seria um ano difícil. É normal. Mas nada tirará dele 12 anos incríveis. Isso permanecerá na memória, em vez de uma temporada ou corridas que foram particularmente ruins”, afirmou o chefe de equipe da Mercedes, Toto Wolff.

Por sua vez, Hamilton garantiu, em entrevista coletiva, que está “bastante calmo neste momento”, quando fará seu último GP com a Mercedes, antes de transferir para a escuderia italiana, ao lado do monegasco Charles Leclerc.

“Sinto-me positivo e entusiasmado, gostaria de poder dar tudo. É difícil descrever as emoções, mas estou orgulhoso do que alcançamos e estou orgulhoso desta equipe”, afirmou ele.

Mesmo tendo “sido um dos piores anos” da sua carreira, o heptacampeão quis recordar “os sorrisos de quando ganhamos, como a primeira vez em 2014 na Austrália”.

“Estou grato a todos os que trabalharam na pista e na fábrica por me apoiarem desde o primeiro dia”, enfatizou ele.

Por fim, Hamilton comparou o “adeus” da McLaren, em 2012, com a despedida da Mercedes: “É diferente a nível emocional. É mais emocionante porque faço parte dela há 12 anos”, concluiu.



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