Gasolina: preço aumenta nos postos e se aproxima de R$ 6; o valor é recorde no governo Lula


O brasileiro passou a pagar 2% a mais pela gasolina nos postos de abastecimento na semana de 7 a 13 de julho, com o preço médio subindo de R$ 5,85 para R$ 5,97 o litro, segundo dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo e Biocombustíveis (ANP). Trata-se do maior valor médio registrado pela ANP no país desde julho de 2022 (R$ 6,05).

A alta reflete o reajuste de 7,1% no preço do combustível nas refinarias, anunciado pela Petrobras no último dia 9.

No ano, o preço médio da gasolina nos postos acumula alta de 6,6%, de acordo com os dados da ANP. No início do governo Lula, em janeiro de 2023, o preço médio do litro no país era de R$ 5,05. O maior valor já registrado pela pesquisa foi em maio de 2022, no governo de Jair Bolsonaro, quando o preço médio do litro chegou a R$ 7,28.

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Gás de cozinha e diesel

Já o gás de cozinha, que subiu 9,6% nas refinarias, teve impacto de 0,9% para o consumidor final, com o preço médio do botijão de 13 quilos subindo para R$ 101,75, contra R$ 100,85 na semana anterior.

Mesmo não tendo sido incluído nos aumentos da estatal, o diesel S10 – sem reajuste a mais de 200 dias – registrou alta de 0,8% nos postos de abastecimento no período da pesquisa, sendo encontrado ao preço médio de R$ 6,01 o litro.

A ANP reduziu em 43% o tamanho da amostra de preços dos combustíveis pelo País, devido a restrições orçamentárias. Além disso, as intensas chuvas no Rio Grande do Sul impediram o levantamento em algumas das 36 cidades incluídas na pesquisa, informou a agência.

Defasagem em relação a preços internacionais

Apesar do reajuste realizado pela Petrobras em 9 de julho, o preço da gasolina continua distante dos preços internacionais. Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem média da gasolina no Brasil em relação ao Golfo do México, usado como parâmetro pelos importadores, era de 6% no fechamento de ontem, abrindo espaço para alta de R$ 0,18 por litro.

Levando em conta apenas as refinarias da Petrobras, essa defasagem sobe para 7%, enquanto a Refinaria de Mataripe, na Bahia, única refinaria privada relevante, com 14% do mercado, reajusta seus preços semanalmente e registra diferença de apenas 1% em relação ao mercado internacional.

No caso do diesel, a defasagem voltou aos dois dígitos nas refinarias da estatal e registrava 10% no fechamento de quarta-feira, 17, podendo levar a um reajuste de R$ 0,39 por litro. Já em Mataripe, a defasagem era de 3%.



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