Carros mais lentos? Novo regulamento pode alterar a agilidade da Fórmula 1


Prestes a entrar em uma nova era, com a atualização do regulamento de motores, a Fórmula 1 direciona parte de seus esforços para desenvolver, testar e incorporar as peças e carrocerias modificadas. Embora ainda não estejam completos, os regimentos elaborados pela FIA (Federação Internacional do Automobilismo) levantam uma preocupação entre os fãs: os carros vão ficar mais lentos Stefano Domenicali, atual presidente da categoria, pediu que as equipes e os amantes do esporte se mantenham calmos ao longo do período de adaptação.

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Explicação da FIA

“De acordo com nossas simulações, os carros estão ficando entre um e dois segundos e meio mais lentos por volta. Mas isso é só o começo. As equipes desenvolverão os carros rapidamente. Em breve, ninguém reclamará que os carros estão muito lentos. Não estamos caindo ao nível da F2. Mas para ser justo, não recebemos dados de todas as equipes sobre o downforce esperado de seus carros ainda”, explicou Nicholas Tombazis, diretor de monopostos da FIA.

Na última semana, Tombazis já havia revelado que a federação cederá uma série de compensações para as escuderias que apresentarem grandes dificuldades com o uso do novo motor. A principal transformação, que afeta o funcionamento do dispositivo, é a simplificação do modelo híbrido e a perda do sistema de recuperação de energia da queima de gases, o MGU-H.

“Houve fases ao longo da história do esporte em que os tempos de volta diminuíram. Não acho que isso tenha prejudicado o esporte. Você se acostuma rapidamente. Também há diferenças de um segundo e meio no grid. O piloto sente o um segundo e meio. De fora, você mal percebe”, continua o dirigente.

Assim como os engenheiros, os pilotos também estão auxiliando o processo de mudança. Os atletas treinam periodicamente com os projetos de 2026 em simuladores, buscando entender seu funcionamento e identificar quais partes podem ser aprimoradas.

Conceito de carro da Fórmula 1 para 2026 – Foto: Reprodução/FIA

Quando abordado acerca do assunto, Domenicali pediu para que os espectadores e membros das escuderias tenham paciência e prossigam de “mente aberta” ao início da próxima temporada.

“A mentalidade é a de estar aberto para entender o que está acontecendo. O certo a fazer é, antes de tudo, não reagir exageradamente, porque vimos em nossa experiência que, às vezes, houve um excesso de cautela e as coisas se desenvolveram de maneiras diferentes. Então, eu diria: vamos esperar para ver onde estamos. E então, se houver necessidade de fazer algum ajuste, não precisamos fazê-lo imediatamente”, completou o CEO italiano.

Stefano Domenicali, fala antes do Grande Prêmio de F1 de Miami no Autódromo Internacional de Miami
Stefano Domenicali, fala antes do Grande Prêmio de F1 de Miami no Autódromo Internacional de Miami – Foto: Peter Casey-Imagn Images

Outras mudanças na Fórmula 1

Além das mudanças internas, as carrocerias também terão um aspecto diferente. Agora, os carros serão menores e ausentes de abertura da asa traseira – o DRS, sistema de redução de arrasto –, já que a peça também contará com um design mais simples.

Em contrapartida, as asas traseiras passam a exercer a função de determinar as diferentes configurações do veículo em retas e curvas.

Conceito de carro da Fórmula 1 para 2026 – Foto: Reprodução/FIA

Na sequência, o assoalho dos automóveis também sofrerá modificações. Seu formato passa a ser parcialmente plano, fazendo com que a parte inferior dos monopostos deixe de ser a encarregada por gerar a maior parte da pressão aerodinâmica.

Apesar da tensão, o regulamento não está fechado e com os primeiros resultados de rendimento sendo gerados até o fim de 2025, é possível que algumas normas ainda passem por adaptações.



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