CAOA Chery demite funcionários por carta após quebra-quebra em fábrica

Desde que a CAOA Chery anunciou o fechamento temporário de sua fábrica de Jacareí, no interior de São Paulo, a tensão com os trabalhadores local se intensificou. Como a planta tem previsão de voltar daqui há dois anos, mas pode atrasar, a montadora chinesa decidiu demitir os funcionários locais. Só que aí a confusão se instaurou.

Segundo informações do Auto Data, a CAOA Chery havia iniciado negociações com os funcionários do sindicato com o objetivo de diminuir os impactos causados pelo fechamento da fábrica. Os trabalhadores pediam regime de lay-off com suspensão temporária dos contratos por cinco meses, depois mais três meses de estabilidade.

Contudo, a CAOA Chery planeja deixar a fábrica fechada para produção, mas em processo de modernização, por pelo menos dois anos. O prazo pode até se estender por mais tempo caso a demanda de mercado não seja suficiente e a planta de Anápolis, Goiás, dê conta do recado. Por isso a marca optou pela demissão dos funcionários da fábrica que já estava parada há dois meses.

Como resultado, o sindicato e a marca chinesa entraram em negociação na terça-feira, 24, para acertar os termos. A fabricante ofereceu indenização de sete a quinze salários e nada de benefícios, enquanto o sindicato pedia vinte salários de indenização e benefícios por um ano e meio.

Quebra-quebra

Enquanto as negociações aconteciam, duzentos funcionários invadiram a fábrica da CAOA Chery e começaram a quebrar máquinas e parte da estrutura. Eles ocuparam o local por duas horas e meia, enquanto havia o quebra-quebra. Imediatamente as negociações foram interrompidas para que o problema fosse solucionado.

Como consequência, a CAOA Chery decidiu fazer a demissão de 580 funcionários por telegrama, via Correios. Isso despertou a ira do sindicato, com o presidente da categoria emitindo o seguinte comunicado: “O envio dos telegramas é inaceitável. Não engoliremos, de forma alguma, este abuso”.

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