Setor prevê crescimento de 9,3% na fabricação de motos para 2024, apesar da seca histórica que atinge a região do Polo Industrial de Manaus e afeta a logística para fabricação e vendas das motocicletas. Honda CG 160 é a moto mais vendida no período
Divulgação | Honda
A produção de motocicletas em Manaus superou a marca de 1,3 milhão de unidades nos três primeiros trimestres de 2024. O levantamento foi feito pela Associação dos Fabricantes de Motocicletas e Similares (Abraciclo).
No total, foram fabricadas 1.323,3 unidades no Polo Industrial de Manaus entre janeiro e setembro de 2024. O número é 131,4 mil superior ao registrado no mesmo período do ano passado, representando um crescimento de 11% mesmo em um cenário prolongado de seca na região.
Em setembro, foram fabricadas 144.084 motocicletas, volume 2,7% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado e 12,2% maior na comparação com agosto deste ano.
A região concentra mais de 95% de toda a produção do país. E a alta é tão expressiva que bate a marca alcançada pela última vez em 2012.
Seca na região não deve frear o crescimento nas vendas
Neste ano, a seca histórica na região de Manaus (AM) já supera o número de pessoas atingidas em 2023 e impacta diretamente a produção do Polo Industrial.
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O Rio Negro, que margeia a cidade de capital do estado e é utilizado pelo polo para logística, está baixando em média 19 centímetros por dia e registra a menor profundidade em 122 anos de medição.
“A indústria tem adotado medidas alternativas, como antecipação de estoques e da produção, além da criação de um porto temporário em Itacoatiara (AM) para operar mesmo neste cenário de redução dos níveis dos rios”, diz Marcos Bento, presidente da Abraciclo.
O executivo destaca que os custos logísticos elevados já foram notados pela associação, mas não informou se serão repassados aos clientes das fabricantes.
Mesmo com esse custo extra, o setor prevê crescimento na produção de motos. São esperadas 1,72 milhão de unidades fabricadas ao longo de 2024, valor 9,3% superior à projeção inicial de 1,69 milhão.
“A motocicleta, por seus atributos, tem atraído, cada vez mais, novos consumidores. Desta forma, estamos alterando nossas previsões baseados nos bons números alcançados até aqui e nas expectativas para o último trimestre do ano, tradicionalmente positivo graças à injeção do 13° salário na economia”, comenta Marcos Bento.
Até o terceiro trimestre deste ano foram 1.410.230 emplacamentos de motocicletas no país, segundo os dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
O crescimento é de 19,45% quando comparamos o resultado com os nove primeiros meses do ano passado.
Motos street e flex são as mais fabricadas e vendidas
Sem surpresa, a Honda CG 160 continua puxando o segmento com mais de 330,2 mil motos vendidas em nove meses deste ano. Só em setembro foram 37.423 novos emplacamentos.
A Honda, inclusive, aparece nas seis primeiras posições das motos mais vendidas neste ano, com mais de dois terços do mercado nacional.
Até o terceiro trimestre deste ano foram 1.410.230 emplacamentos de motocicletas no país, segundo os dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
O crescimento é de 19,45% quando comparamos o resultado com os nove primeiros meses do ano passado.
Sem surpresa, a Honda CG 160 continua puxando o segmento com mais de 330,2 mil motos vendidas em nove meses deste ano. Só em setembro foram 37.423 novos emplacamentos.
A Honda, inclusive, aparece nas seis primeiras posições das motos mais vendidas neste ano, com mais de dois terços do mercado nacional.
Segundo a Abraciclo, as motos street são as queridinhas dos brasileiros e representam 49,2% dos modelos fabricados. Neste segmento encontramos motocicletas como CG 160, Biz 125, Pop 110i da Honda, e Factor e Fazer com a Yamaha.
O segundo lugar na lista das mais fabricadas fica com as motos trail, representando 19,6% do total. Neste grupo temos modelos como Crosser e Lander da Yamaha, além de XRE 190 e Bros 160 da Honda.
Do total de motocicletas fabricadas nos nove primeiros meses de 2024, 65,2% são motos flex e 34,8% aceitam apenas gasolina como combustível.
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