Aceleramos o novo Mustang Mach 1 em uma pista de verdade

Aceleramos o novo Mustang Mach 1 em uma pista de verdade – NotíciasO Ford Mustang Mach 1 já teve pouco mais de 100 unidades no país. A nova versão substitui o antigo Black Shadow (vendido em 2020)  como primeiro modelo de alta performance na linha do lendário esportivo. Com V8 mais forte em relação ao GT e Black Shadow e uma lista de itens derivada de modelos lendários como o próprio Shelby GT500, GT350 e Bullitt, ele traz muitas melhorias que pudemos conferir em um evento restrito.

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Esportivo como em 1969

Há 51 anos estreava o primeiro “Mach 1” mesclando visual dos modelos mais caros em um pacote “custo benefício”, um meio de caminho até o GT500 que era objeto de desejo já naquela época.

No primeiro contato o visual do Mach 1 impressiona e é muito mais invocado. Traz pára-choque aerodinâmico, as listras no capô, rodas, aerofólio e outros itens exclusivos da versão. O convite para acelerar estão ainda na primeira ignição que dá voz ao escapamento derivado do GT500 com ronco encorpado que pode ser ajustado com um botão no painel. Na frente dois elementos circulares na grade mostram o toque retrô da novidade remetendo ao modelo antigo mas apenas de efeito visual.

Embora sejam apenas 17cv a mais, coisa que dificilmente o motorista perceberá na prática, se nota ao volante que o Mach 1 é mais ágil.

O motor V8 5.0 tem 483cv e 57,7kgfm de torque acoplado ao câmbio automático de dez velocidades (não há opção de câmbio manual), com novo conversor de torque e segundo radiador de óleo para melhorar a performance. A suspensão adaptativa Magneride tem calibração específica para o Mach1 com barra estabilizadora redimensionada e buchas do Shelby GT500.

Assim, nas curvas do autódromo Velocitta em Mogi Guaçu, interior paulista, o ronco do Mustang encoraja a acelerar mas se mostra mais preciso em curvas fechadas graças ao novo ajuste. O apetite parece maior com o V8 que sistema open box de filtro de ar do tipo cônico (do modelo Bullit) também específico da versão, assim como o coletor de admissão. Assim, o Mach 1 é um bom companheiro de pista.

Na parte traseira ele ficou visivelmente mais preciso com o novo ajuste. Aliás, as barras estabilizadoras são maiores neste modelo melhorando a performance em alta velocidade.

E ele para?

Problema dos modelos antigos a frenagem é muito aprimorada nos modernos Mustang. O freio Brembo tem generosos 381mm de diâmetro e pinça de seis pistões que ajudam a parar com estabilidade enquanto o pneu Michelin Pilot Sport 4 garante estabilidade. Na pista do autódromo aceleramos o Mach 1 usando somente os controles de tração e estabilidade que tornam o trabalho do piloto mais fácil.

Por dentro, neste primeiro contato, se nota o cuidado em tornar o Mustang Mach 1 bom para usar no dia a dia. Som com sistema Bang&Olufsen premium e multimídia Sync3 fazem bem seu papel. Mas com toda sinceridade do mundo é preciso dizer que isso não faz diferença porque bom mesmo é acelerar o instigante (e lendário) Mustang que está de volta em boa forma.

O lado negativo é que o preço de R$ 499 mil subiu para R$ 523,9 mil. Tá certo que ele vem assistido com itens tais como alerta de colisão e frenagem automática, assistente de permanência em faixa e conjunto com oito airbags, controles de tração e estabilidade, freio a disco Brembo (dianteiro) com pinças de alumínio redimensionadas, assistente de partida em rampa, sensores de estacionamento com câmera de ré entre outros itens. Mas o bom mesmo é usar a boa e velha receita do V8 com tração traseira em uma boa pista como essa.

Fonte: R7