O dólar abriu em queda nesta terça-feira (3), com o foco dos mercados na trajetória da taxa de juros nos EUA e no Brasil.
Às 10h54, a moeda norte-americana recuava 0,98%, cotada a R$ 5,0210. Veja mais cotações.
Na segunda-feira, o dólar fechou em alta de e 2,60%, a R$ 5,0708 – maior cotação desde 16 de março (R$ 5,0917). Com o resultado, passou a acumular queda de 9,04% no ano frente ao real.
Entenda o que faz o dólar subir ou descer
O que está mexendo com os mercados?
Os mercados globais seguem guiados pelas apostas de uma alta mais agressiva dos juros nos EUA e por preocupações com os impactos da guerra na Ucrânia na economia e inflação global.
O Federal Reserve (Fed, o banco central do EUA) anuncia nesta quarta-feira a sua decisão, e a expectativa é que de aumento de 0,5 ponto percentual na taxa de juros, para o intervalo de 0,75% a 1%.
“A narrativa até o momento este ano tem sido muito orientada pela inflação e pela taxa de juros. O que os mercados estão tentando avaliar agora é uma desaceleração no crescimento global e o impacto que isso tem sobre a política monetária no futuro”, disse Dan Boardman-Weston, diretor executivo da BRI Wealth Management.
Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central também anuncia na quarta-feira a nova taxa básica de juros (Selic) da economia brasileira, atualmente em 11,75%, e a expectativa é de elevação para 12,75% diante da inflação persistentes. O mercado financeiro projeta uma Selic em 13,25% ao ano no final de 2022.
Juros mais altos nos EUA elevam a atratividade de se investir na segura renda fixa norte-americana, o que tende a aumentar o ingresso de recursos na maior economia do mundo e, consequentemente, valorizar o dólar frente a outras moedas.
Mais cedo, o IBGE divulgou o resultado da produção industrial, que cresceu 0,3% em março, permanecendo abaixo do patamar pré-pandemia.
Fonte:G1