A produção industrial brasileira cresceu 0,3% em março, na comparação com fevereiro, segundo divulgou nesta terça-feira (3) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com março do ano passado, entretanto, houve queda de 2,1%.
Mesmo com a segunda alta mensal seguida, o setor permanece 2,1% abaixo do patamar de antes do início da pandemia.
“No acumulado do ano, frente ao mesmo indicador de 2021, a indústria recuou 4,5%. O acumulado nos últimos doze meses chegou a 1,8% em março e vem reduzindo sua intensidade de crescimento desde agosto de 2021 (7,2%)”, destacou o IBGE.
Dos 26 ramos pesquisados, 14 registraram crescimento na passagem de fevereiro para março.
1ª alta trimestral desde o final de 2020
A indústria brasileira continua sendo impactada pela alta dos preços das matérias-primas e também pela demanda fraca. A piora do cenário externo, devido a guerra na Ucrânia, também atrapalha as perspectivas para o ano, em razão das preocupações com a desaceleração da economia e maior inflação global.
A confiança da indústria, medida pelo FGV Ibre, entretanto, subiu em abril, após oito quedas consecutivas, o que indica um movimento no sentido da normalização das atividades no setor.
A alta dos juros e inflação persistente têm tirado o poder de compra e de consumo das famílias. A quantidade de endividados e a proporção de famílias com dívidas ou contas em atraso bateram recorde novo recorde em abril, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O mercado financeiro elevou de 7,65% para 7,89% a estimativa para a inflação neste ano, segundo o último boletim Focus do Banco Central. Para o PIB (Produto Interno Bruto), a projeção é de alta de 0,70%.
Oito em cada dez famílias brasileiras disseram que estavam endividadas em abril
Fonte: G1