A namorada do fotógrafo André Muniz Fritoli, que morreu após ser baleado pelo policial federal Ronaldo Massuia Silva, em um posto de combustíveis do bairro Cristo Rei, em Curitiba, prestou depoimento à Polícia Civil. O caso aconteceu no fim da noite de domingo (01) e deixou ainda outras três pessoas feridas.
“A gente chegou no posto pra comer, por volta das 23h. Fomos para o deck, na última mesinha. O André já tinha comido, quando a gente escutou os tiros do lado de fora, muito tiro, muito alto. Na hora a gente viu a correria, viu todo mundo se jogando no chão e aí a gente foi pro chão também”, relatou a mulher ao delegado.
A namorada da vítima disse que no momento em que conseguiu levantar, o namorado estava com a cabeça cheia de sangue.
“Eu virei ele de lado para não engasgar, porque saía muito sangue pela boca”, continuou.
Nem ela, nem o namorado sabiam quem era o atirador ou porque ele estaria atirando, de acordo com o depoimento.
Policial militar
Também em depoimento à Polícia Civil, um policial militar que atendeu a ocorrência disse que Ronaldo não reagiu à abordagem no local e que a arma já estava completamente descarregada quando a equipe chegou.
“Chegamos no posto e indicaram quem seria o atirador. Ele estava sentado em uma mureta de cabeça baixa. A gente abordou ele, que não reagiu, mas também não obedecia muito a voz de abordagem. Eu retirei a arma que estava na cintura dele, que já não tinha munição”, contou o PM.
Policial federal
Ronaldo Massuia Silva alegou legítima defesa à policia e chorou ao falar com o delegado. Mesmo o advogado pedindo para que ele não comentasse, Ronaldo disse que está “emocionalmente abalado”.
A Banda B teve acesso ao depoimento do policial. O suspeito disse que agora se preocupa com a família e começou a chorar quando foi questionado pelo delegado sobre o que aconteceu.
O crime
O policial federal de 43 anos abriu fogo em um posto de combustíveis e acertou quatro pessoas, no bairro Cristo Rei, em Curitiba. De acordo com informações apuradas pela reportagem no local, o homem estava com sinais de embriaguez e foi questionar um segurança que estava trabalhando no estabelecimento. Houve grande tumulto, já que várias pessoas estavam no local no momento do crime.
Outro lado
A Banda B fez contato com a defesa do policial que informou que só se manifestará após as investigações.
Fonte: Banda B