O policial federal Ronaldo Massuia Silva, de 43 anos, suspeito de matar uma pessoa e ferir outras três em um posto de combustíveis de Curitiba nesta segunda-feira (2), pode responder por homicídio qualificado. O autor dos disparos prestou depoimento na Central de Flagrantes da Polícia Civil e segue preso na sede da Polícia Federal (PF).
Durante o depoimento prestado pelo agente à Polícia Civil, o suspeito teria chorado e alegado legítima defesa, segundo o delegado que o ouviu. A Banda B teve acesso ao conteúdo do depoimento, em que o policial diz que está “emocionalmente abalado”.
“De alguma forma, no princípio das coisas, eu agi em legítima defesa. Só que assim, estou emocionalmente abalado. Eu estou muito ruim pelos meus filhos e minha namorada”, disse o policial federal, sob choro.
Em entrevista à Banda B na tarde desta segunda, o delegado Tito Barichello, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil, disse que, embora o suspeito tenha alegado legítima defesa, nenhuma hipótese é descartada. Segundo o delegado, Ronaldo pode responder por homicídio duplamente qualificado.
“Aparentemente, temos indícios de um homicídio duplamente qualificado. O autor não permitiu quaisquer chances de defesa às vítimas, que estavam desarmadas. Ele [policial] estava armado com uma pistola 9 mm do Estado”, afirmou Barichello.
Além disso, o delegado destacou que o crime ocorreu após uma “discussão por motivo pífio e desproporcional”.
O titular da DHPP também contou, durante entrevista, que ouvirá uma das vítimas do suspeito ainda hoje. Ela, segundo o delegado, está internada no Hospital Cajuru, em Curitiba.
A Polícia Civil analisará imagens do circuito de monitoramento do posto de combustível.
O crime
O policial federal Ronaldo Massuia Silva é suspeito de ter aberto fogo em um posto de combustíveis do bairro Cristo Rei, em Curitiba, na madrugada desta segunda-feira (2). Quatro pessoas foram atingidas pelos disparos e uma delas morreu.
Segundo as primeiras informações, o policial estaria embriagado e teria se desentendido com um segurança do estabelecimento momentos antes do crime.
A Banda B teve acesso a uma mensagem de voz enviada por uma das vítimas atingidas pelos tiros. Ela, que foi baleada ao menos três vezes, segue internada e o quadro clínico é estável.
“Agradeço todo o pensamento positivo de vocês. Estou bem, graças a Deus. Infelizmente, acabei levando uns três tiros, mas está tudo sob controle. Nasci de novo”, disse, com dificuldades.
A defesa do policial federal disse que se manifestará sobre o caso somente após o término das investigações.
Fonte: Banda B