A National Rifle Association (NRA), principal lobby favorável à legalização do porte e da posse de armas nos Estados Unidos, declarou nesta sexta-feira (15) que pedirá falência.
Os sinais de má saúde financeira da associação ficaram mais evidentes no ano passado, quando a NRA demitiu dezenas de funcionários e cancelou uma convenção nacional. No entanto, o pedido de falência foi visto pela imprensa americana como uma tentativa de escapar de processos judiciais.
Isso porque o governo de Nova York, onde a empresa tinha foro, processou a associação por fraude fiscal. Agora, a NRA afirma que buscará se reorganizar no Texas — estado governado por republicanos que tende a ter postura mais favorável à flexibilização das normas de armas.
Em comunicado, a NRA disse que entrou com pedido de falência para salvaguardar a própria associação.
“A medida permitirá nosso crescimento de longo prazo e sustentável e assegurará o sucesso contínuo da NRA como a maior defensora da liberdade constitucional — livre do ambiente político tóxico de Nova York”, disse.
Encontro anual da NRA em Indianápolis, nos EUA, em abril de 2019 — Foto: Bryan Woolston/Arquivo/Reuters
Durante décadas, a NRA representou milhões de proprietários e defensores de armas nos Estados Unidos, lutando com sucesso substancial para enfraquecer e eliminar as leis que impunham controles, usando a Segunda Emenda à Constituição como argumento.
Na política, a NRA apoiou os candidatos que se alinharam com seus pontos de vista e criticou aqueles que apoiavam a regulamentação de armas de fogo.
Ele teve um papel importante nas eleições de Donald Trump em 2016. Os filhos do presidente americano, Eric e Donald Jr, são membros e participam regularmente de eventos da NRA.
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Fonte: G1