Interceptações telefônicas feitas pela equipe de inteligência da Polícia Militar flagraram uma conversa entre um suposto traficante e o ex-marido de Tatiana Lorenzetti, assassinada a tiros nesta segunda-feira (28). Na ligação, o ex-companheiro da vítima “contrata” o matador para que execute a ex-esposa. A Polícia Civil prendeu, nesta terça-feira (29), dois suspeitos pelo crime.
Pelo conteúdo do diálogo, registrado no dia 23 de novembro, é possível entender que o marido, que tem uma filha de dez anos com Tatiana, pretendia matar a mulher para obter a guarda da menina e se tornar controlador de uma possível indenização que a menor é beneficiária, decorrente de seguro de vida.
Na mesma conversa, ele reforça que já teria efetuado outras “contratações” para o mesmo fim, tendo desembolsado milhares de reais, porém o crime não chegou a ser consumado.
Operação Azteca
As interceptações foram feitas, com autorização da Justiça, no âmbito da “Operação Azteca”, que investiga o tráfico de drogas na região de um ponto específico do bairro Sítio Cercado, local conhecido pela polícia como “México 70”.
Com essas informações em mãos, no dia 8 de dezembro, o Ministério Público e a Polícia Civil pediram pela prisão dos dois envolvidos na interceptação. No entanto, o pedido foi indeferido pelo juiz.
A vítima já tinha uma medida protetiva contra o ex-marido, que era policial militar no Estado de São Paulo, tendo sido exonerado.
Crime
Tatiana Lorenzetti, de 40 anos, era gerente da Caixa Econômica Federal (CEF) e foi baleada na cabeça depois de entregar a bolsa para um suspeito, que mesmo sem reação da vítima atirou. O crime aconteceu, nesta segunda-feira (28), quando a mulher saía do banco, na Rua Desembargador Ernani Guaritá Cartaxo, no bairro Capão Raso, em Curitiba.
O autor do disparo fugiu e acabou morrendo em um confronto com a Polícia Militar (PM).
No local, familiares levantaram a hipótese de um crime passional, tendo em vista a medida protetiva que a gerente tinha contra o ex-marido. A possibilidade de um latrocínio também é investigada pela polícia.
Fonte: Banda B