PIX movimenta R$ 83,4 bilhões no primeiro mês, com 46,4 milhões de pessoas cadastradas | PIX


O Banco Central contabilizou R$ 83,4 bilhões em movimentações de pessoas físicas e jurídicas no primeiro mês de funcionamento do PIX, sistema que permite transferências bancárias de forma quase imediata em tempo integral.

O valor foi movimentado em 92,5 milhões de operações. Com isso, o valor médio de cada transação ficou em R$ 896. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (16).

De acordo com o chefe do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do BC, Ângelo Duarte, foram cadastradas 116 milhões de chaves PIX no primeiro mês de operação, número considerado por ele como sendo “muito expressivo”. Essas chaves foram distribuídas entre 46,4 milhões de pessoas físicas (cada pessoa pode ter mais de uma chave) e 3 milhões de empresas.

Entenda como mandar e receber dinheiro pelo Pix

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“A adoção [do PIX] por empresas, a gente espera que seja mais lenta. À medida que as funcionalidades forem sendo ofertadas, as empresas vão passar a oferecer essa forma de pagamento, ou a receber transferência através do PIX e isso vai aumentar o numero de empresas cadastradas”, disse Duarte, do BC.

Segundo ele, há muitas pessoas que usam sua conta pessoal, em pessoa física, e exercem atividades profissionais. “Isso não representa ilegalidade, mas significa que há transações comerciais, econômicas, feita em contas de pessoas físicas”, acrescentou.

Perspectivas 2021: PIX agiliza cobranças e pagamentos

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Os números do BC mostram que houve, com o passar das semanas, um crescimento contínuo na utilização do PIX, movimento que não foi acompanhado no uso de DOCs e TEDs, instrumentos tradicionais ofertados pelos bancos para transferência de recursos.

O número de transações PIX passou de 12,2 milhões na primeira semana do novo sistema para 15,9 milhões na segunda semana, para 25,2 milhões na terceira e 29,2 milhões na quarta semana. “A cada dia o volume de PIX, em relação ao de TEDs e DOCs, aumenta”, afirmou o chefe de Departamento do Banco Central.

De acordo com o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do BC, João Manoel Pinho de Mello, porém, o PIX é um instrumento que não serve apenas para substituir os TEDs e DOCs.

“É muito mais do que isso. Pode ser usado par apagar o restaurante, para pagar a conta de luz. Pode ser usado para comércio online, pagar uma conta online, uma taxa governamental”, declarou.

Conta do celular poderá ser paga com Pix

O BC também informou nesta quarta-feira que vai assinar com o Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil) um acordo para que o pagamento de faturas de celular e a recarga de serviços pré-pagos móveis e fixos possa ser feita com o PIX.

Segundo a instituição, a utilização do PIX para pagamento do celular será feita “gradualmente, de forma autônoma, voluntária e independente pelas empresas”. Pinho de Mello, diretor do BC, esse acordo visa facilitar o pagamento de contas de telefone, móvel, fixo e também recarga de telefones pré-pagos.



Fonte: G1