Assista a 25 propagandas que entraram para a história | Midia e Marketing


“Em primeiro lugar, ele precisa se conectar com as pessoas e entreter. E só depois passar a mensagem e vender. Hoje a fuga está mais fácil, mas o consumidor sempre teve o poder de zapear. Se ele não muda de canal, é pelo mérito da comunicação”, afirma o diretor de comunicação da Globo ,Sergio Valente.

Responsável pela campanha de Twix de 2006 (conheça mais sobre ela mais abaixo nesta reportagem), Luiz Sanches lembra que, em tempos de redes sociais, a forma com que os comerciais ficam populares mudou um pouco.

“Hoje, não basta ser memorável, tem que ser compartilhável. E um comercial só é compartilhável quando tem algum ‘insight’ humano e usa a criatividade para surpreender, fazendo com que a marca tenha um papel central naquela ideia. ‘Gritos’, de Twix, é lembrado e continua sendo compartilhado até hoje”, diz.

Na reta final para o Prêmio Profissionais do Ano, que desde 1978 premia os maiores talentos do mercado publicitário, o G1 convida a relembrar as propagandas que marcaram época e criaram narrativas e bordões que continuam na memória.

Saiba também quem foram os talentos por trás dessas campanhas e comerciais históricos.

A sua receita (1978) — Foto: Reprodução

“Pomarola é gostoso porque tem a sua receita!” Para anunciar o lançamento do novo molho da Cica, o filme simula a quebra da barreira entre a TV e o público: enquanto uma cozinheira explica a receita do molho, a personagem se dá conta de que aquela é a sua própria receita. A cozinheira então ‘sai’ da TV e entrega o produto nas mãos da dona de casa.

Criação: Hugo Alessandrini e Newton Pacheco, Proeme

Mania de você (1979) — Foto: Reprodução

eTire a roupa para quem você gosta”. Um comercial cheio de sensualidade, feito para a marca de roupas Ellus. Ao som de “Mania de você”, de Rita Lee, e filmada embaixo d’água, a peça ‘convida’ casais a tirarem as roupas.

Criação: Ernani Bessa e Ronald Gotthilf, Uggla Filmes

Pernas (1981) — Foto: Reprodução

“Eu juro que você vai ter pernas tão bonitas quanto as minhas”. Estranheza e surpresa dão o tom nessa peça criada para o depilador elétrico Walita. Sentado na cama, um homem depila a perna enquanto descreve as vantagens do produto. A perna, no entanto, não é dele: é de uma mulher que está ao lado.

Criação: Sylvio Lima, MPM

Que novidade é essa? (1984)

Que novidade é essa? (1984) — Foto: Reprodução

“Bonita camisa, Fernandinho”. O bordão é bem conhecido por quem viveu nos anos 80. Criada para a marca UsTop, brinca com a ideia de que “o mundo trata melhor quem se veste bem”. Na peça, “Fernando” destoa dos colegas por usar uma camisa da marca – e acaba imitado pelo próprio chefe.

Criação: Ana Carmen R. Longobardi, Ruy Lindenberg e Marco T. Eagin, Talent

Primeiro sutiã (1987) — Foto: Reprodução

“O primeiro Valisère a gente nunca esquece”. Ninguém esquece também essa peça, que mostrava uma menina chateada por ver as colegas usando sutiã e ainda não ter um. A modelo Patrícia Lucchesi ficou conhecida pela campanha e depois trabalhou como atriz. O comercial era para a marca Valisere.

Criação: Washington Olivetto, Rose Ferraz e Camila Franco, W/GGK

Personagens (1987) — Foto: Reprodução

Uma das muitas campanhas memoráveis da Bombril com o ator Carlos Moreno. Nesta, ele interpreta várias tribos para falar sobre o produto na língua deles, como intelectuais, sambistas, rockeiros e grã-finos.

Criação: Washington Olivetto, Nizan Guanaes, Ricardo Freire e Denis Moses, W/GGK

Futebol (1988) — Foto: Reprodução

“Seleção DeMillus. Os homens estão perdidos”. Elas de roupa íntima; eles vestindo smoking: dois times disputando uma partida de futebol, ao som de “Na Cadência do Samba (Que Bonito É)”. A peça fez tanto sucesso que foi veiculada novamente em 1990, ano de Copa do Mundo.

Criação: Mauro Matos e Cristovão Martins, Criação Contemporânea

Mon Bijou (1988) — Foto: Reprodução

“Você também é bom, não precisa ficar chateado”. Mais uma campanha com o ator Carlos Moreno, a peça falava sobre o sucesso do amaciante Mon Bijou de um jeito bem ousado: mostrando e nomeando também o principal concorrente do produto.

Criação: Washington Olivetto e Nizan Guanaes, W/GGK

Lazaroni (1990) — Foto: Reprodução

“Prazer, eu sou o Papa!” Na época técnico da seleção brasileira de futebol, Sebastião Lazaroni é o garoto propaganda do Uno, da Fiat. O filme faz uma brincadeira com o nome do técnico, que assim como o do carro, é italiano – embora ambos sejam “nascidos” no Brasil.

Criação: Roberto Pereira, Gilberto dos Reis e João Carlos Neto, MPM

Não tem comparação (1991)

Não tem comparação (1991) — Foto: Reprodução

“Não é assim uma Brastemp”. Talvez esse seja o bordão mais conhecido já criado pela publicidade brasileira. Repetido até hoje nas conversas cotidianas, o texto entrou para a história e fez a marca se tornar conhecida como sinônimo de qualidade.

Criação: Ana Carmen R. Longobardi, Mauro Perez, Paschoal Fabra Neto e Ricardo Freire, Talent

Pense em mim (1991) — Foto: Reprodução

“Pense em mim”. Mais um comercial da Bombril, a peça aproveitou o sucesso da música de Leandro e Leonardo à época. O ator Carlos Moreno (ele de novo!) cantava por cima da versão da dupla sertaneja, “dedicando” a letra para ao desinfetante Pinho Bril.

Criação: Washington Olivetto, Gabriel Zellmeister, Camila Franco e Marcelo Pires, W/Brasil

O tempo passa, o tempo voa (1992)

O tempo passa, o tempo voa (1992) — Foto: Reprodução

“O tempo passa, o tempo voa e a poupança Bamerindus continua numa boa”. É possível perceber o sucesso da criação de um jingle quando quase 30 anos depois ele continua na memória de quem viveu naquela época – sobrevivendo ao fim do próprio Bamerindus.

Criação: Milce Junqueira, Fernando Rodrigues e Fernando Leite, Colucci

Monotonia (1994) — Foto: Reprodução

“Eu acordei, tirei o meu pijama, fui pra minha cama e depois dormi…”. Na cama com pijama, a monotonia de quem não tem uma moto Honda. Cenário e composição simples, mas uma mensagem transmitida de forma criativa

Criação: Nizan Guanaes, DM9

Semp Toshiba (1994) — Foto: Reprodução

“Os nossos japoneses são mais criativos que os outros”. A campanha da Semp Toshiba apresentava um conjunto de filmes que levava sempre ao slogan. Um grupo de cantores com chiado, um menino que conta o final do filme na fila do cinema, uma família sem TV com uma quantidade incontável de filhos, uma conversa entre um aprendiz e seu mestre. Histórias contadas com humor e originalidade.

Criação: Ana Carmen R. Longobardi, Mauro Perez, Eugênio Mohalem, Edinaldo Cebolinha, Marcelo Aragão, Talent

Bráulio (1995) — Foto: Reprodução

A bem humorada campanha do Ministério da Saúde ensinava como usar a camisinha, como forma de conter a epidemia do HIV. Bráulio, o apelido carinhoso dado ao pênis na peça, ficou popular na época para se referir ao órgão sexual masculino.

Criação: Newton Pacheco, Marco Aragão, Silvana Coelho, Marcos Pamplona e Vinicius Alzamora, Master

Paquera (2001) — Foto: Reprodução

Feita para a cerveja Skol, a peça popularizou um gestual para se referir à bebida. No filme, uma bela mulher tenta convidar um homem, na praia, para tomarem uma cerveja. Com a distância, ela tenta se comunicar por gestos –mas ele tem dificuldades para entender.

Criação: Fábio Fernandes, F/Nazca

Coincidências (2003) — Foto: Reprodução

Criada para a Associação Brasileira de Propaganda (ABP), a campanha, composta por três filmes, ressalta a importância de proteger as ideias para que elas não sejam copiadas. Nos filmes, dois criativos “recriam” slogans de propagandas de sucesso, como se fossem deles.

Criação: Adilson Xavier, Cristina Amorim, Fernando Campos, Alexandre Motta e Cláudio Gatão, Giovanni

Invenções (2005) — Foto: Reprodução

“Se bebesse Skol, não seria assim”. Mais uma campanha de sucesso feita para a cerveja Skol. Num exercício de imaginação, as peças sugerem como seriam mais interessantes invenções se tivessem sido criadas por alguém que bebesse a cerveja.

Criação: Fábio Fernandes, Eduardo Lima, André Kassu, Marco Monteiro e Luciano Lincoln, F/Nazca

Gritos (2006) — Foto: Reprodução

“Caramelo! Biscoito! Chocolate!” O Mauro tinha um tique desde que nasceu e ficava repetindo “caramelo” nas horas mais impróprias. Triste, né? Mas não quando ele encontra seus companheiros perfeitos, pessoas que repetem “biscoito” e “chocolate”, formando as partes do Twix.

Criação: Tales Bahu, Luiz Sanches, Wilson Mateos e Gustavo Sarkis, AlmapBBDO

Redondo é rir da vida (2009)

Redondo é rir da vida (2009) — Foto: Reprodução

“Redondo é rir da vida”. A campanha celebra as amizades, que deixam os momentos difíceis mais suportáveis e os momentos bons melhores ainda.

Criação: Fábio Fernandes, Eduardo Lima, Marcelo Nogueira e Fábio Brigido, F/Nazca

Vai que (2010) — Foto: Reprodução

“Vai que…” A campanha para a Bradesco Seguros é de prender a respiração. Nos filmes, o ator aparece em situações de perigo, enquanto sugere que imprevistos e acidentes podem acontecer a qualquer momento.

Criação: André Kassu, Marcos Medeiros e Renato Fernandez, AlmapBBDO

Posto 10 (2012) — Foto: Reprodução

“Zé Carlos, eu me enganei”. A peça feita para a Havaianas brinca com uma situação na praia, no Rio de Janeiro. Ao ver uma beldade saindo do mar, a personagem, que se instalava na praia enquanto aguarda o companheiro, muda de ideia – e de lugar.

Criação: Julio Andery e Rynaldo Gondim, AlmapBBDO

Casa, obra e loja (2015) — Foto: Reprodução

“Use Tigre, ou use palavrões fofinhos”. A campanha para a marca de material hidráulico afirma que, para que ‘viver em um mundo sem palavões’, é preciso usar os produtos da marca. Ou use palavrões ‘fofinhos’, como “rocambole sem glúten”, “filhotinho de panda” e “arrotinho de bebê”.

Criação: Eduardo Martins, Philippe Degen e Henrique Del Lama, Talent Marcel

Pergunta lá (2016) — Foto: Reprodução

“Pergunta lá no posto Ipiranga” é o bordão recente de maior sucesso na publicidade. A frase, que quer mostrar a variedade de serviços e produtos da rede de postos de combustível, caiu no gosto popular e é comum ouvir alguém repetindo no meio de uma conversa. Já foi usado até para descrever ministro…

Criação: João Livi, Rodrigo Tórtima, Ricardo Marques, Dudu Barcelos e Philippe Degen, Talent Marcel

Tabus (2018) — Foto: Reprodução

A campanha criada para apresentar uma nova cerveja da Skol brinca com a palavra “lúpulo” – tratada com um assunto delicado. Pouco conhecida, a palavra (que nada mais é que um ingrediente da cerveja) entra nas histórias dos comerciais como um assunto tabu entre casais e pais e filhos.

Criação: Toni Fernandes e Murilo Melo, F/Nazca

Prêmio Profissionais do Ano

Todas essas campanhas e comerciais foram vencedores de diferentes edições do Prêmio Profissionais do Ano. Este ano, os ganhadores serão divulgados no dia 3 de outubro, nos intervalos da programação da TV Globo.

Por causa da pandemia da Covid-19, não haverá entrega presencial dos prêmios. A edição de 2020 também vai trazer novidades para o público: diversos canais Globo vão entrar no clima da premiação (veja aqui como vai ser o ‘esquenta‘). Todo o conteúdo exibido nos canais Globo ficará disponível também no Globoplay.

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Fonte: G1