Petroleiros iniciam greve por tempo indeterminado nesta segunda


Petroleiros em ato durante a greve por tempo indeterminado
Reprodução/FUP

Petroleiros em ato durante a greve por tempo indeterminado

Os trabalhadores da Petrobras iniciaram, na madrugada desta quinta-feira (15), greve por tempo indeterminado. A paralisação nacional foi aprovada, por unanimidade, no dia 11 de dezembro, após a categoria rejeitar a contraprosta da companhia nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). 

Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), o comunicado de greve foi enviado à Petrobras na última sexta-feira (12). Os pretroleiros reivindicam um reajuste acima dos 0,5% oferecidos pela companhia, como também  fim dos equacionamentos dos déficits da Petros (PEDs) e distribuição justa dos lucros da empresa.

“De norte a sul do Brasil, as assembleias mostraram uma categoria indignada com a postura da gestão atual. Os petroleiros estão comprometidos com a construção de um Acordo Coletivo que recupere direitos retirados nos últimos anos e garanta qualidade de vida para trabalhadores próprios e terceirizados”, diz trecho da nota da FUP. 

Trabalhadores permanecem do lado de fora da refinaria
Reprodução/FUP

Trabalhadores permanecem do lado de fora da refinaria

Conforme o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), os 14 sindicatos da Federação Única dos Petroleiros (FUP) estão mobiliados  e seguem trâmites legais previstos na Lei de Greve.

“Definimos uma série de itens que serão utilizados como base para construirmos a greve. Os Sindipetros estão reunidos para que entremos juntos nessa mobilização de forma unificada. Se a empresa não recuar nos ataques que estão sendo colocados nesta Campanha Reivindicatória, não apontar uma solução para os PEDs e não apresentar um ACT compatível com o tamanho da Petrobrás, que segue sendo a empresa mais lucrativa do país, a categoria responde com greve. Uma greve extremamente forte, com controle e parada de produção”, afirma Sérgio Borges, coordenador-geral do Sindipetro-NF.

O que diz a Petrobras

Portal iG entrou em contato com a Petrobras para falar sobre o assunto. Por meio de nota, a companhia salientou que o movimento grevista não causa  impacto na produção de petróleo e derivados. 

Além disso, a empresa esclarece que  respeita o direito de “manifestação dos empregados e mantém um canal permanente de diálogo com as entidades sindicais”. 

“A Petrobras está em processo de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho desde o final de Agosto deste ano. Na última terça-feira (09/12) a companhia apresentou sua última proposta, que contempla avanços aos principais pleitos sindicais. A Petrobras segue empenhada em concluir a negociação do acordo na mesa de negociações com as entidades sindicais”, finaliza o comunicado. 



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