A Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria Municipal de Transportes, oficializou nesta quinta-feira a autorização para que os táxis convencionais da cidade operem com a bandeira 2 durante todo o mês de dezembro. A resolução foi publicada no Diário Oficial.
A cobrança especial, tradicional nesta época do ano, terá início às 6h da manhã do dia 1º de dezembro e permanecerá válida, sem restrição de horários, até às 21h do dia 31 de dezembro.
Novos valores e impacto no bolso
Com a mudança, o valor do quilômetro rodado sofre um reajuste temporário. A tarifa base, que atualmente é de R$ 3,65, passará para R$ 4,38.
O objetivo da medida é incentivar a oferta de táxis nas ruas durante o período de festas, quando a demanda de passageiros cresce significativamente. Segundo estimativas da Prefeitura, o Rio de Janeiro deve receber cerca de 5,7 milhões de turistas ao longo do verão 2025/2026.
O “13º Salário” dos taxistas
Para os motoristas, a medida é vista como essencial para equilibrar as contas no fim do ano, funcionando como uma compensação pela ausência de direitos trabalhistas formais, como o décimo terceiro salário.
Em entrevista nas ruas do Centro do Rio, taxistas defenderam a importância da cobrança extra.
“É importante pra classe, porque ela justifica o décimo terceiro do mês de dezembro da classe, né? Que a gente como autônomo não tem direito ao décimo terceiro, então a gente consegue buscar junto a utilização da bandeira 2 durante o dia”, explicou um dos motoristas ouvidos pela reportagem.
Outro profissional destacou que, apesar do aumento, o impacto para o passageiro é menor do que o imaginado pelo senso comum.
“Ajuda em alguma coisa sim. Não completamente, porque todo mundo acha que bandeira 2 é o dobro, e na verdade é 20% só a mais. Diferentemente que é o salário mínimo, né, o salário de qualquer um. É, tu ganha mil reais, na verdade em dezembro vem 2 mil reais. E pra gente ajuda em alguma coisa”, afirmou.
Reação dos passageiros
Embora o aumento possa causar estranheza inicial, a categoria acredita na adaptação rápida dos usuários.
“A pessoa se assusta. ‘Ih, não, não vou pegar táxi não que é bandeira 2’, entendeu? Mas depois que ela se toca que uma corrida de 10 reais, ela vai pagar 12… Entendeu? Ela se adapta e aí vira festa”, concluiu outro taxista.
Tupi.FM
