Renan( Foto: Márcio David/Foco Radical) precisa vencer o Dream Tour, na Praia da Mole, em Florianópolis, para conquistar o titulo brasileiro de surfe
O título de campeão brasileiro de 2025 ficou para ser decidido no último dia do Corona Cero Dream Tour Floripa apresentado por Ministério do Esporte na Ilha de Santa Catarina. O líder do ranking, Douglas Silva, perdeu nas oitavas de final e o seu bicampeonato consecutivo é ameaçado por Renan Pulga e Michael Rodrigues. Mas, para serem o campeão de 2025, ambos necessitam dos 10.000 pontos da vitória na Praia Mole. Eles se enfrentarão na primeira quarta de final, que vai abrir o sábado, às 8h00, ao vivo no CBSurf.org.br pelo canal CBSurfPLAY no YouTube.
Na sexta-feira de ondas pequenas na Praia Mole, foram formadas as quartas de final masculinas e as semifinais femininas. Depois do confronto dos desafiantes ao título brasileiro, Renan Pulga e Michael Rodrigues, o campeão brasileiro de 2023, Weslley Dantas, enfrenta Mateus Sena. A terceira bateria será entre Wesley Leite e Daniel Adisaka e a última vaga nas semifinais do Corona Cero Dream Tour Floripa, será disputada por Alex Ribeiro e o campeão mundial Adriano de Souza.
Nas semifinais femininas, a campeã brasileira do Dream Tour em 2024 e campeã brasileira da Taça Brasil 2025, Juliana dos Santos, entra na primeira com a carioca Mariana Areno. E a segunda será mais um clássico do surf brasileiro, entre as catarinenses Laura Raupp e Tainá Hinckel. Esse confronto de campeãs brasileiras decidiu o título da etapa do Corona Cero Dream Tour Floripa e Laura Raupp manteve sua invencibilidade nessa temporada. Ela conquistou o título brasileiro por antecipação, sem perder nenhuma bateria esse ano.
Já o título masculino só será decidido no dia que fecha a temporada 2025 da Confederação Brasileira de Surf. O paulista Renan Pulga assumiu a vice-liderança do ranking na Praia Mole e ganhou o confronto que abriu a sexta-feira ensolarada, mas de ondas pequenas, dificultando a ação dos competidores. Mesmo assim, Renan Pulga aproveitou muito bem as chances que teve, para derrotar o baiano Fabrício Bulhões por 12,23 a 9,03 pontos. Ninguém conseguiu superar essa pontuação do surfista de São Sebastião na sexta-feira na Praia Mole.
“Começar o dia com o pé direito é muito bom e continuamos aí com o sonho vivo”, disse Renan Pulga. “Mas não to pensando muito em matemática, nem sabia que já estava em segundo no ranking e to só pensando em bateria por bateria. A próxima, se o Michael (Rodrigues) passar, vai ser eu e ele, então um dos dois vai dar adeus a disputa do título né. E é isso, vamo seguindo devagarzinho, passo a passo, pé no chão, a prancha tá animal e agora é descansar para as quartas de final. Vamo nessa”.
MICHAEL RODRIGUES VENCE BATALHA DE LOCAIS DA PRAIA MOLE
Michael Rodrigues ganhou o confronto seguinte e os dois únicos surfistas que podem impedir o bicampeonato brasileiro do Douglas Silva, vão se enfrentar nas quartas de final. O cearense Michael Rodrigues teve que trabalhar forte para superar o paraibano José Francisco, o Fininho. Os dois há muitos anos moram em Florianópolis e sempre surfam na Praia Mole. A batalha foi acirrada e terminou com uma pequena diferença de 11,56 a 10,63 pontos.
“Eu acredito que acabei de vencer o melhor surfista nessas condições assim”, destacou Michael Rodrigues. “O Fininho (José Francisco) nesse mar é muito difícil de bater ele, mas, graças a Deus, deu tudo certo. Hoje, quando eu acordei, pedi a Deus pra me dar coragem de Davi pra enfrentar o Golias, porque nesse mar, com esse vento sul, o Fininho é um gigante. E foi isso, acreditei em Deus, confiei 100% Nele, tentei não errar nada e deu tudo certo”.
A QUEDA DO LÍDER PARA WESLEY LEITE NA QUINTA OITAVA DE FINAL
Com a classificação dos dois surfistas com chances de título brasileiro, a expectativa ficou para a bateria do líder, Douglas Silva. O atual campeão brasileiro competiu no quinto duelo do dia e não conseguiu achar boas ondas para mostrar o seu surfe dessa vez. Já o paulista Wesley Leite foi construindo vantagem a cada onda e derrotou o pernambucano por 10,57 a 9,90 pontos. Com a eliminação em nono lugar, Dodô agora tem o seu bicampeonato ameaçado por Renan Pulga e Michael Rodrigues, mas ambos necessitam unicamente da vitória no Corona Cero Dream Tour Floripa, para tirar o título do Douglas Silva.
“Pra mim, foi uma bateria que foi se encaixando, fui pegando minhas ondas e o Dodo (Douglas Silva) não começou tão bem”, analisou Wesley Leite. “Chegou uma hora que foi mais tática, fiquei ao lado dele, marcando, impedindo que ele pegasse uma onda boa, porque ele é muito perigoso, dá aéreo muito fácil. Só fiz o meu trabalho e consegui vencer o líder do ranking. Cheguei aqui e peguei uma gripe muito forte, mas agora to me sentindo 100% com a saúde e vim aqui pra pegar a taça de campeão, pra terminar entre os 5 melhores do Brasil”.
O próximo desafio do Wesley Leite, será um duelo paulista com Daniel Adisaka. As oitavas de final foram encerradas com quatro campeões brasileiros sendo eliminados. Douglas Silva foi o primeiro a cair, depois Daniel Adisaka derrotou o campeão de 2019, Igor Moraes, Alex Ribeiro barrou o de 2021, Mateus Herdy, e o campeão mundial Adriano de Souza ganhou a última vaga nas quartas de final do campeão brasileiro de 2022, Israel Junior.

LAURA RAUPP DÁ MAIS UM PASSO PARA SER CAMPEÃ BRASILEIRA INVICTA
Nas quartas de final femininas, a carioca Mariana Areno venceu a primeira vaga para as semifinais do Corona Cero Dream Tour Floripa, na única bateria sem campeã brasileira, contra a também jovem paranaense Luara Mandelli. Na seguinte, a cearense Juliana dos Santos campeã brasileira de 2024, fez o maior placar feminino do dia – 11,90 pontos – contra a gaúcha Alexia Monteiro. E Laura Raupp manteve a sua invencibilidade em baterias esse ano, no confronto de campeãs brasileiras com a pernambucana Monik Santos.
“Foi uma bateria muito difícil, o mar tá bem pequeno, o vento tá deformando um pouco a onda e a galera fala que eu não sei surfar marola né, mas to aí passando bateria no segundo dia de mar pequeno aqui”, disse Laura Raupp. “Eu acho que atleta tem que ser completo, eu gosto de onda grande, mas tem que saber surfar marola também. Tem que escolher o melhor equipamento, fazer a estratégia certa e está dando certo. O mar está realmente muito difícil, mas consegui passar mais uma e seguimos”.

Laura Raupp agora terá mais um duro desafio para se sagrar a primeira campeã brasileira invicta da história, sem perder nenhuma bateria em toda a temporada. Será outro confronto de campeãs brasileiras, com a também catarinense Tainá Hinckel. Elas se enfrentaram na final do primeiro Corona Cero Dream Tour Floripa na segunda-feira e Laura Raupp ganhou. Mas, em etapas do Dream Tour, esse placar está 4 a 2 para Tainá Hinckel, que na sexta-feira voltou a derrotar a catarinense Isabelle Nalu. As duas decidiram o título da última etapa da Taça Brasil 2025 na casa da Tainá, a Guarda do Embaú, em Palhoça.
“Estou muito feliz por ter passado essa bateria, porque foi emoção até o final”, disse Taina Hinckel. “A Bellinha (Isabelle Nalu) surfa muito bem, tem uma energia muito boa e a gente sempre se deu bem. A gente tem uma relação muito boa e torço realmente por ela, porque é uma menina que eu gosto bastante. Foi uma bateria muito apertada e as condições estavam muito difíceis, então tentei jogar o jogo o máximo que podia. Nossa, estou muito feliz e grata por avançar essa bateria, que eu queria muito”.
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Weslley Dantas vence Expression Session
Na Expression Session Ocular Laser Brasil foram realizadas uma bateria masculina e uma feminina, ambas com 25 minutos de duração com 6 surfistas tentando fazer a manobra mais espetacular, que valia R$ 2.500. Na bateria feminina, o prêmio foi vencido por Maya Carpinelli (SC), que surfou a melhor onda contra Julia Nicanor (SP), Mayara Zampieri (SP), Isabelle Nalu (SC), Kemily Sampaio (SP) e Potira Castaman (SC). E no masculino, os R$ 2.500 ficaram com Weslley Dantas (SP), que acertou um belo aéreo na bateria com Daniel Adisaka (SP), Fabricio Bulhões (BA), Glauciano Rodrigues (CE), Michel Roque (CE) e Bino Lopes (BA).

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