
O navio iniciou seu primeiro desdobramento em outubro de 2022 no Atlântico
Os Estados Unidos mobilizaram nesta sexta-feira (24) o Gerald R. Ford, o maior porta-aviões do mundo, para operações no Caribe com o objetivo de combater redes de tráfico de drogas na América Latina.
O anúncio foi confirmado pelo Pentágono. O deslocamento da embarcação ocorre em meio a esforços crescentes de Washington para ampliar sua presença naval e operacional em áreas críticas para o controle do tráfico transnacional.
Com tecnologia avançada e capacidade de longa duração, o porta-aviões será a peça central dessas operações.
Gerald R. Ford, da classe homônima, entrou em serviço na Marinha dos Estados Unidos em julho de 2017, com custo aproximado de R$ 70,07 bilhões (US$ 13 bilhões), sem contar despesas de desenvolvimento.
O navio tem 333 metros de comprimento, 78 metros de largura no convés de voo e deslocamento de cerca de 100 mil toneladas quando totalmente carregado.
Ele foi projetado para projeção de poder naval, apoio a missões globais e operações aéreas de grande escala.
Questão técnica

Gerald R. Ford
A capacidade operacional inclui até 75 aeronaves, entre caças F-35C, F/A-18 Super Hornet, helicópteros e drones, com tripulação de aproximadamente 4.500 militares, reduzida em relação a classes anteriores devido à automação.
O navio é movido por dois reatores nucleares A1B, que fornecem energia por até 25 anos sem reabastecimento, e emprega sistemas avançados como o EMALS (Electromagnetic Aircraft Launch System) e o AAG (Advanced Arresting Gear) para lançamento e recuperação de aeronaves.
O armamento compreende mísseis RIM-162 Evolved Sea Sparrow, RIM-116 Rolling Airframe, além de canhões automáticos Phalanx CIWS, com sistemas de contramedidas eletrônicas contra ameaças modernas.
O radar de banda dupla permite detecção e rastreamento de alta precisão.
As operações aéreas podem atingir 160 sortidas por dia, chegando a 270 em situações de combate intenso, com flexibilidade para integrar drones e tecnologias futuras, incluindo armas de energia direcionada.
O navio iniciou seu primeiro desdobramento em outubro de 2022 no Atlântico, participando de exercícios com aliados da OTAN, e atua em missões de presença naval, dissuasão e apoio a conflitos, como no Mediterrâneo em 2023.
Homenageia o 38º presidente dos EUA, Gerald R. Ford, veterano da Marinha durante a Segunda Guerra.
IG Último Segundo


