
Deputado teme “elefante branco” e quer Maracanã para o Flamengo
O Projeto de Lei Complementar 40/2025, que autoriza o Governo do Estado do Rio de Janeiro a se desfazer 62 de imóveis, entre eles o complexo do Maracanã, pode ter tido como objetivo principal o Flamengo. Em meio a indefinição sobre a construção do próprio estádio, no terreno do Gasômetro, no centro da cidade, adquirir o Maracanã passaria a ser uma opção mais viável para o clube.
De acordo com o deputado estadual Rodrigo Amorim (União), presidente da CCJ, que aprovou o projeto, o complexo esportivo pode render ao Estado cerca de R$ 2 bilhões. O orçamento previsto pelo Flamengo para a construção de uma nova arena gira em torno de R$ 1,925 bilhão.
Segundo o jornal RJ2, da rede Globo, Amorim teria levando a diante a ideia de colocar o Maracanã a venda após reunião com o presidente do rubro-negro, Luiz Eduardo Batista, o Bap. “Tivemos uma reunião recente inclusive com o presidente do Flamengo no gabinete do presidente Rodrigo Bacellar (presidente da Alerj). E é fundamental que o Estado dê uma destinação (ao estádio)” , afirmou Amorim ao telejornal.
Em nota enviada ao Portal iG, Rodrigo Amorim disse temer que o estádio se torne um “elefante branco” após a concessão que garantiu a administração do local para a dupla Fla-Flu pelos próximos 20 anos.
Veja a nota na íntegra
Nesta quarta-feira (22), a Comissão de Constituição e Justiça aprovou o novo texto do Projeto de Lei Complementar 40/2025. A redação final foi elaborada por um grupo de trabalho responsável por propor inclusões e exclusões de imóveis no projeto. Alguns deputados solicitaram a retirada de determinados bens — como, por exemplo, a sede do Grupo Arco-Íris e a Escola de Música Villa-Lobos, entre outros.
O deputado Rodrigo Amorim, presidente da CCJ, diferentemente dos demais, solicitou a inclusão de três categorias de imóveis do Estado: a Aldeia Maracanã, todo o Complexo Esportivo do Maracanã (incluindo o estádio) e 28 imóveis da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, dentre os supostos 300 pertencentes à instituição.
A proposta de inclusão desses equipamentos públicos nasceu da preocupação com as contas do Estado. O objetivo é reduzir gastos, gerar receita e assegurar a função social da propriedade, conforme determina a Constituição Federal. O Maracanã, em breve, pode se tornar um “elefante branco” com o fim da concessão Flamengo/Fluminense. Por isso, estamos dando instrumentos para que o Poder Público se antecipe e adote um planejamento responsável, que garanta previsibilidade e trate com respeito esse patrimônio tão querido pelo povo fluminense e por todos os brasileiros.
A reportagem do iG entrou em contato com o consórcio do Maracanã que informou que a “gestão Fla-Flu tem contrato de 20 anos de concessão do estádio e irá cumpri-lo” . O Fluminense foi procurado pela reportagem mas não quis se manifestar. Já o Flamengo não retornou o contato.

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Concessão
A administração do estádio do Maracanã foi concedida a uma parceria entre Flamengo e Fluminense no ano passado. A concessão tem o prazo de validade de 20 anos.
Mesmo tendo o Maracanã a sua disposição, o Flamengo anunciou no ano passado a intenção de construir um estádio prórpio. Sob a gestão Rodolfo Landim, o clube realizou um projeto e previu um custo de R$ 1,925 bilhão na obra, que seria realizada no terreno onde fica o Gasômetro, região central do Rio de Janeiro.
Contudo, o novo presidente do clube, Luiz Eduardo Baptista, tem pedido calma para os torcedores e deixado o tema em segundo plano desde que tomou posse em janeiro deste ano. Ele adotou um tom mais cauteloso diante dos valores para construção do estádio e citou a preocupação com a saúde financeira do clube.
Portal IG


