
A Ponte Preta venceu o Guarani e evitou que rival subisse à Série B
A tradicional Ponte Preta vai em busca do seu primeiro título nacional, na final da Série C do Campeonato, contra o Londrina, outra força do futebol do Interior do país. Um dos times mais antigos do Brasil, fundado em 1900 — portanto no século 19 — conquistou apenas dois títulos até hoje, na 2ª divisão do Paulistão. Outra diferença histórica é que, desta vez, teve que deixar o Guarani pelo caminho, sob o comando de um treinador demitido pelo arquirrival.
Mas o Londrina, do treinador Roger Silva — ex-centroavante formado na base do time adversário —, quer aplicar a ”lei do ex” para conquistar o segundo título brasileiro, 45 anos depois de erguer a Taça de Prata de 1980, equivalente à Série B de hoje.
O primeiro jogo acontece no estádio Vitorino Gonçalves Dias, ou apenas VGD, neste sábado (18), às 17h.
A partida decisiva será no Moisés Lucarelli — estádio raíz de Campinas, pertinho da lendária linha de trem — no sábado seguinte, no mesmo horário. Transmissão da DAZN e Band Play (streaming)
Agora vai, Ponte Preta?
A Ponte Preta chegou à final — também inédita a nível nacional — do jeito que o torcedor sempre sonhou. A equipe derrotou o Guarani no último jogo da segunda fase e impediu o acesso do arquirrival à Série B. A falta de títulos importantes é um dos principais trunfos dos torcedores do rival, que ganhou o Brasileirão de 1978.
Requintes de crueldade com rival
A campanha teve requintes de crueldade com a metade verde de Campinas. A Macaca garantiu o acesso com um gol a seu favor e outro contra o Guarani nos acréscimos da outra partida. Na última rodada, a Ponte venceu o grande rival e se classificou para a final. Mesmo com a derrota para o rival, o Bugre estava subindo para a Série B a cinco minutos do fim, mas um gol do Náutico, no outro jogo do grupo, mudou a história.
Ex-Guarani e promessa do São Paulo
O time do técnico Marcelo Fernandes — demitido do Guarani há três meses —, que caiu da Série B no ano passado, tenta o título mais importante da história do clube que já foi seis vezes foi vice-campeão do Campeonato Paulista.
Mas o principal nome da Ponte Preta é Jonas Toró, ou simplesmente Toró, que se profissionalizou no São Paulo e passou duas temporadas no futebol grego. O atacante de 26 anos, que marcou o gol da vitória sobre o Londrina na 1ª fase, ainda está na briga pela artilharia da competição, só um gol atrás do rival Iago Teles.
Londrina tem “ex” no comando
Mas do do outro lado está o treinador Roger Silva, de 40 anos, com passagem pelo São Paulo, onde ganhou a Libertadores de 2005, além Palmeiras, Botafogo e Internacional. O ex-atacante talvez seja o principal nome formado nas categorias de base da Ponte neste século.
Além do início como jogador profissional, Roger jogou no clube outras duas vezes. A última passagem foi encerrada em 2020, um ano antes da aposentadoria. No início da carreira como técnico, ficou com o vice da Série C no ano passado, garantindo o acesso inédito do Athletic, de Minas Gerais.
O destaque do Tubarão é o atacante Iago Teles, artilheiro da Série C com 8 gols. Outro pilar da equipe é o zagueiro e capitão Wallace, de 37 anos, com títulos nacionais por Flamengo e Grêmio, e campeão mundial pelo Corinthians.
Força do Interior
Definir os finalistas como “forças do Interior” de importantes estados brasileiros não explica tudo. A Ponte Preta representa a metade de Campinas, a maior cidade do Interior do Brasil, com 1,14 milhões de habitantes.
O Londrina representa os 555 mil moradores da cidade que lhe deu o nome. A 2º maior cidade do Paraná e 8ª maior do Interior dá ao clube a condição de um dos times fora das capitais com a maior torcida. Portanto, o confronto está muito equilibrado fora de campo
Portal IG