Metanol presente em bebidas pode ter origem em combustíveis


Inquérito da Polícia Civil de SP mostra cadeia de adulteração que já provocou cinco mortes e intoxicou 29 pessoas
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Inquérito da Polícia Civil de SP mostra cadeia de adulteração que já provocou cinco mortes e intoxicou 29 pessoas

A Polícia Civil de São Paulo revelou, em inquérito, que o metanol presente nas bebidas pode ter origem em combustíveis. As informações são do Fantástico.

A operação encontrou uma fábrica clandestina de bebidas em São Bernardo do Campo na última sexta-feira (10), quando a polícia aprendeu centenas de garrafas, galões e rótulos falsificados.

A situação envolvendo a contaminação de bebidas por metanol já provocou cinco mortes e intoxicações de 29 pessoas entre São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.

Durante uma blitz em um bar na Mooca, zona leste da capital paulista, os investigadores apreenderam nove garrafas de bebidas alcoólicas, uma de gin e oito de vodka, consumidas por Ricardo Lopes Mira, de 54 anos, e Marcos Antônio Jorge Junior, de 46 anos, que morreram após ingestão.

Metanol com água, quase que meio a meio ”, afirmou Mauro Geno Menezes, diretor do núcleo de química do Instituto Criminalista da USP, sobre algumas garrafas que continham até 45% de metanol, bem acima do limite tolerável de apenas duas gotas por 100 ml, informou o Fantástico.

Investigação

A investigação identificou o vendedor das bebidas e, a partir dele, chegou à fábrica clandestina, prendendo em flagrante uma mulher suspeita de adulteração de produto alimentício, ligada a uma empresa familiar que, segundo os policiais, atua há cerca de duas décadas.

Um dos pontos mais preocupantes do inquérito é a suspeita de que o álcool utilizado na adulteração tenha sido comprado em postos de combustíveis, o que sugere uma cadeia de fraudes envolvendo diferentes setores.

A polícia segue em busca de outras fábricas clandestinas e apura a responsabilidade de possíveis fornecedores do álcool contaminado.



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