Pela 17ª vez em 17 edições da Copa Libertadores da América feminina, o futebol brasileiro terá pelo menos um time na final.
Corinthians e Ferroviária se classificaram para disputar entre si uma das semifinais, as Brabas em busca do sexto título, o tricampeonato seguido, e as Guerreiras Grenás atrás da terceira taça.
As alvinegras golearam por 4 a 0 o Boca Juniors na casa das xeneizes, e as araraquarenses se impuseram por 3 a 0 contra as Dragonas do Independiente del Valle.
A vitória corintiana teve o requinte de um triplete da capixaba Gabi Zanotti, a fabulosa atacante que, aos 40 anos, continua decisiva e empilhando faixas de campeã em seu oitavo ano de Parque São Jorge.
Eleita a melhor jogadora de futsal do Brasil, ao lado de Falcão, 20 anos atrás, com passagens vitoriosas pelo futebol estadunidense e pelo chinês, Gabi está para o futebol de mulheres assim como Cristiano Ronaldo está para o dos homens, um fenômeno que só a natureza e a dedicação explicam.
Corinthians e Ferroviária se enfrentarão nesta quarta-feira, às 20h, em Lomas de Zamora, na chamada Grande Buenos Aires, a 15 quilômetros do centro da capital.
Até a possibilidade de a finalíssima ser disputada entre duas equipes brasileiras estava aberta no domingo (12), como já aconteceu por duas ocasiões, em 2019 e 2023, entre Corinthians e Ferroviária e Corinthians e Palmeiras, sempre com triunfos alvinegros.
O prazo de fechamento impediu a coluna de registrar o resultado entre as Soberanas do São Paulo e o Deportivo Cali, pelas quartas de final.
Líder
Ao atingir os mesmos 26 jogos do Flamengo, o Palmeiras pôs três pontos e duas vitórias de vantagem sobre o rubro-negro.
Mesmo repleto de ausências de seus estrangeiros ocupados com as maçantes datas Fifa, o alviverde goleou o Juventude sem deixá-lo respirar na casa verde por 4 a 1, com mais de 40 mil torcedores em festiva noite de bom futebol.
O título do Campeonato Brasileiro está cada vez mais restrito aos dois, embora o Cruzeiro ainda possa sonhar.
Absurdo
É absurda a denúncia oferecida pelo procurador Maurício Fabretti, do Ministério Público Federal, baseada em infame acusação da Conib sobre suposto racismo do jornalista Breno Altman.
Ao não entender a metáfora chinesa sobre não importar a cor do gato desde que mate o rato, a acusação ofende a liberdade de imprensa e a de expressão e leva zero em compreensão de texto.
Ora, se em vez de gato e rato a frase dissesse respeito a águias e gaviões ou a leões e tigres, também o jornalista seria acusado de racismo?
Mais: fossem os nazistas os alvos do texto, não aqueles sionistas que impõem o genocídio na Palestina, haveria a mesma descabida denúncia?
Já com importantes assinaturas de personalidades brasileiras, está no chance.org carta dirigida ao procurador Fabretti com o pedido para que retire a denúncia.
Os signatários, solidários com Altman, informam que subscrevem o texto dele.
Mil vezes estar ao lado do historiador israelense Ilan Pappe, ou de Fania Oz-Salzberger, também historiadora e escritora, filha do grande Amós Oz, a estar perto dos que chamam os antifascistas de antissemitas, como fazem os atuais presidentes da Conib e da Fisesp.
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Folha de S.Paulo