O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), inflação oficial do país, registrou alta de 0,48% em setembro, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado representa uma alta de 0,59 ponto percentual (p.p.) em relação ao mês de agosto, quando os preços caíram 0,11%. Na ocasião, foi a primeira deflação oficial no país em um ano. Ainda assim, o aumento nos preços veio menor que o esperado pelo mercado, que apontava um IPCA de 0,55%.
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Com o resultado divulgado hoje, a inflação acumula alta de 3,64% em 2025 e, nos últimos 12 meses, o índice ficou em 5,17%. Em setembro de 2024, a variação havia sido de 0,44%.
Em setembro, os produtos do grupo de Habitação liderou a alta dos preços, com avanço de 2,97% e impacto de 0,45 ponto percentual no índice geral — uma reversão em relação a agosto, quando havia caído 0,90%.
Segundo o IBGE, essa foi a maior alta do grupo desde fevereiro de 2025 (4,44%) e, considerando apenas os meses de setembro, a mais intensa desde 1995, quando subiu 4,51%.
O principal fator para esse aumento foi a energia elétrica residencial. Após cair 4,21% em agosto, a tarifa subiu 10,31% em setembro, devido ao fim do Bônus de Itaipu, creditado nas contas dos meses anteriores. Esse item representou o maior impacto individual (0,41 p.p.) na taxa de setembro.
Veja o resultado dos grupos do IPCA em setembro
Três dos nove grupos pesquisados pelo IBGE apresentaram queda:
Alimentação e Bebidas: -0,26%
Artigos de residência: -0,40%
Comunicação: -0,17%
Em setembro, seis dos grupos pesquisados tiveram alta:
Habitação: 2,97%
Vestuário: 0,63%
Transportes: 0,01%
Saúde e cuidados pessoais: 0,17%
Despesas pessoais: 0,51%
Educação: 0,07%
*Reportagem em atualização
Conta de energia da Equatorial, no Maranhão
Divulgação
G1 Economia