
Fiscalização de bebidas destiladas continua em bares e distribuidoras
O Rio Grande do Sul confirmou, nesta quarta-feira (8), o primeiro caso de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica.
O homem de 42 anos mora em Porto Alegre (RS) e, segundo informação da Secretaria de Saúde da capital gaúcha, consumiu duas caipirinhas de vodca em São Paulo (SP), no último dia 26 de setembro.
Ainda de acordo com a secretaria, o paciente apresentou febre, dor abdominal e de cabeça, visão turva e alteração na percepção de cores, entre 12 e 24 horas após o consumo dos destilados.
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No dia 30 de setembro, ele retornou ao Rio Grande do Sul e foi atendido na emergência do Hospital São Lucas da PUC, onde recebeu tratamento e foi liberado.
Ele segue acompanhado pela equipe de vigilância em saúde da capital.
A confirmação da intoxicação ocorreu após análise laboratorial de amostra de sangue, realizada por um laboratório privado que presta serviços ao hospital. O resultado foi liberado na madrugada desta quarta-feira.
O Centro Estadual de Vigilância Sanitária investiga outros três casos suspeitos de intoxicação em moradores de Porto Alegre, Novo Hamburgo e Nova Santa Rita.
Já foram descartados outros dois casos em moradores de Santa Maria e da capital, após análise realizada pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP).
Até o momento, o Brasil confirmou 19 casos de intoxicação por metanol e outros 200 seguem em investigação. Três mortes foram confirmadas, em São Paulo. Outras sete continuam em apuração no país.
A equipe municipal está em contato com a Vigilância para o levantamento de dados e possível coleta de amostras do paciente e da bebida ingerida.
Investigações
A Polícia Federal continua investigando as ocorrências, além de ações que estão sendo realizadas pelos órgãos estaduais.
Nesta terça-feira (7), após uma reunião entre o Ministério da Justiça e representantes do setor de bebidas alcoólicas, o ministro Ricardo Lewandowski, anunciou a criação de um comitê para enfrentar a crise.
O governo também está realizando análises em amostras suspeitas coletadas para verificar a origem do metanol e direcionar as investigações.
IG Último Segundo