Jornalista minimiza pênalti e culpa Luciano do São Paulo

O possível pênalti não marcado no atacante Tapia, do São Paulo, contra o Palmeiras, no Morumbis, na tarde do último domingo (5), pelo Brasileirão, continua gerando debate na imprensa esportiva. 

A opinião quase unânime dos jornalistas, de que o árbitro Ramon Abatti Abel errou ao não assinalar a infração, não impediu que houvesse interpretações diferentes em torno do lance. 

Na opinião do apresentador da ESPN Bruno Vicari, ontem (7), durante o programa EquipeF, a equipe de arbitragem não foi a grande responsável pelo suposto equívoco. Para ele, o atacante Luciano do São Paulo poderia ter evitado a discussão se tivesse finalizado a jogada por conta própria. 

“Eu também achei pênalti, mas sabe qual é o problema desse lance? É a displicência do Luciano. O Luciano está na cara do gol, para fazer o gol – e do mesmo jeito que no primeiro gol ele vira o rosto para fazer graça – ele quer dar um toquinho de lado para fazer bonito. Ele está na frente do Weverton. Foi a displicência do Luciano que acabou causando esse pênalti não marcado” , afirmou. 

O jornalista foi rebatido na sequência pelo comentarista e ex-jogador Zé Elias. “Ali, ele não tinha perna direita para chutar. O jogador do Palmeiras estava chegando. O Gustado tira o tempo do Luciano” , disse. 

Polêmica

A jogada polêmica aconteceu no início do segundo tempo da partida, quando o placar estava 2 a 0 para o Tricolor. Mesmo com auxílio do árbitro de vídeo, o juiz não revisou o lance.

Na sequência, outro possível erro teria prejudicado o andamento do jogo. Andreas Pereira do Palmeiras acertou com a sola do pé a perna do voltante Marcos Antônio do São Paulo. Os são-paulinos pediram a expulsão, mas o atleta alviverde receber o cartão amarelo. 

A partida terminou com a virada do Palmeiras, que assumiu a liderança do Campeonato Brasileiro. A arbitragem do Choque-Rei também foi contestada pelo Flamengo, rival do Verdão na disputa pelo título. O diretor de futebol Boto levantou suspeita sobre a condução de Ramon Abatti Abel no Morumbis. 

Além dele, o presidente do São Paulo Júlio Casares pediu para que a CBF divulgue o áudio da conversa entre o árbitro de vídeo e o juiz de campo sobre os lances em que se sentiu prejudicado. 

Diante da reclamação dos rivais, o Palmeiras também se manifestou e divulgou uma nota em que se diz vítima de uma “pressão descomunal” e que raramente reclama da arbitragem.