Um dirigente da JFA (a federação japonesa de futebol) foi preso em um aeroporto em Paris e condenado a 18 meses de prisão por ter visto imagens com pornografia infantil em um voo, informou nesta terça-feira (7) à AFP uma fonte judicial.
“Os fatos foram descobertos pela tripulação do avião, que deu o alerta depois de constatar que o condenado estava olhando imagens de pornografia infantil no avião”, precisou à AFP a promotoria do tribunal de Bobigny, perto de Paris.
Masanaga Kageyama, diretor técnico da JFA, foi detido durante uma escala no aeroporto Charles de Gaulle. Ele viajava do Japão para o Chile, segundo o jornal francês Le Parisien.
O tribunal de Bobigny o condenou na segunda-feira (6) a 18 meses de prisão com suspensão condicional e a 5.000 euros de multa (R$ 31 mil) por importação, posse, gravação ou observação de imagens de caráter pornográfico de um menor de 15 anos.
Sua condenação é acompanhada de uma proibição de exercer qualquer atividade em contato com menores durante dez anos. Também foi proibido de entrar no território francês durante o mesmo período.
Além disso, a França incluiu seu nome no arquivo judicial de autores de infrações sexuais.
O dirigente é responsável pela implementação de medidas que ajudem a reforçar as equipes de futebol do Japão, incluindo a seleção, além da formação de treinadores e a educação de jovens jogadores.
Kageyama foi jogador profissional da J-League e treinador de vários clubes da J-League. Também foi gerente de equipes japonesas sub-20, sub-19 e sub-18.
Segundo o jornal Le Parisien, as comissárias de bordo o surpreenderam enquanto olhava as imagens em seu notebook, na classe preferencial de um voo da Air France. Nesse momento, o condenado garantiu que se tratava de fotos geradas por inteligência artificial.
Um jornalista do jornal Le Parisien, presente na audiência na segunda-feira, informou que, perante o tribunal, o homem de 58 anos reconheceu os fatos e expressou sentir vergonha, dizendo não saber que era algo proibido na França.
Detido na quinta-feira ao descer do avião, foi colocado em prisão provisória durante o fim de semana até seu comparecimento na segunda-feira perante o tribunal. Após sua condenação, foi posto em liberdade.
Folha de S.Paulo