STF mantém Sergio Moro réu por calúnia contra Gilmar Mendes


O senador Sérgio Moro (União-PR)
Lula Marques/ Agência Brasil

O senador Sérgio Moro (União-PR)

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, na manhã desta sábado (4) para manter o ex-juiz e senador Sergio Moro (União-PR) como réu em uma ação penal por calúnia contra o ministro Gilmar Mendes, do STF.

A suposta calunia proferida por Sérgio Moro ocorreu em abril de 2023, por meio de um vídeo em que Moro, numa festa junina, aparece ironizando o ministro e chegando a falar em “comprar um habeas corpus” de Gilmar, sugerindo que decisões do ministro poderiam ser negociadas mediante vantagens indevidas.

Após o vídeo viralizar nas redes sociais, Moro acabou sendo denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Na sexta-feira (3), conforme informou o colunista por Portal iG, Helcio Zolini,  os ministros Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes votaram  para manter Moro como réu no processo.

Carmem Lúcia é a relatora do caso e votou para rejeitar os recursos apresentados pela defesa do senador.  Para a ministra, a defesa busca apenas rever a decisão, sem apresentar elementos novos.

Nesta manhã, o ministro Flávio Dino  votou e decidiu que a ação criminal deve continuar, formando, com três votos, maioria da Primeira Turma.

O julgamento ocorre no plenário virtual e ainda faltam votar os ministros Luiz Fux e Cristiano Zanin, que devem fazê-lo até o final da próxima quinta-feira (10).

A defesa

Com o recurso rejeitado pela Turma, a ação penal contra Moro continua e o senador pode ser condenado ao final do processo.

Sua defesa alega que ele não teve intenção de ofender o ministro e que os fatos apontados no vídeo teriam sido editados e não configurariam crime.

O senador também afirmou ter se retratado publicamente e questionou a competência do STF para julgar o caso.

Moro também pode perder seu mandato. O Código Penal prevê a perda do cargo em caso de pena privativa de liberdade por tempo superior a quatro anos.



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