
Luiz Fernando Pacheco morreu aos 51 anos
Três pessoas – dois homens e uma mulher – foram presos, na tarde desta sexta-feira (3), suspeitos de matar o advogado criminalista Luiz Fernando Pacheco durante um assalto em Higienópolis, centro de São Paulo.
Em nota encaminhada ao Portal iG, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP) confirmou que o 4º Distrito Policial (Consolação) prendeu temporariamente três investigados por envolvimento na morte doadvogado e que as diligências continuam em andamento, inclusive com a análise de imagens para o total esclarecimento dos fatos.
Mais cedo, também por meio de nota, a SSP já havia informado ao iG que as investigações apontavam para o possível caso de latrocínio, que é roubo seguido de morte.
De acordo com as investigações, Pacheco foi abordado e agredido na madrugada de quarta-feira (1º).
Registros obtidos pelos investigadores mostram o advogado deixando um bar e aguardando a chegada de um carro de aplicativo, pouco antes do ataque.
Pouco depois, imagens de câmeras de segurança da rua onde ocorreu o fato registraram o momento em que o advogado é abordado por um casal, leva um soco na cabeça e cai no chão.
A suspeita é de que ele tenha batido a cabeça com força e, por isso, ficou desacordado na rua.
Os assaltantes fugiram levando o celular, o relógio e a carteira com os documentos pessoais da vítima.
Pacheco foi socorrido por uma pessoa que passava na área e acionou a Polícia Militar e o atendimento médico.
Segundo o boletim de ocorrência, essa testemunha contou aos policiais que ele parecia estar com falta de ar e sofrendo uma convulsão.
O advogado foi encaminhado ainda vivo para a Santa Casa de São Paulo, no Centro, onde morreu.
Por estar sem documentos pessoais, sua identificação demorou por cerca de 36 horas.
Intoxicação por metanol descartada
A polícia vai ouvir outras testemunhas para reconstituir todos os passos de Luiz Fernando Pacheco na noite do seu desaparecimento.
Neste momento, por conta das imagens que mostraram a abordagem e a queda, por ora, a morte suspeita de intoxicação por metanol foi descartada pelos policiais.
Houve essa suspeita, porque ele chegou a mandar uma mensagem para amigos em um grupo dizendo que havia tomado metanol.
Depois disso, ele parou de responder mensagens. Os amigos ficaram preocupados e começaram a tentativa de localizá-lo, o que ocorreu muitas horas depois.
Pacheco era sócio-fundador do Grupo Prerrogativas e conselheiro da OAB-SP. Atuou em casos de grande repercussão, incluindo a defesa de José Genoino no processo do Mensalão (Ação Penal 470).
IG Último Segundo