
Filipe Luís e Samuel Lino durante empate contra o Cruzeiro no Maracanã
O técnico Filipe Luís minimizou o empate do Flamengo em 0 a 0 com o Cruzeiro, na noite desta quinta-feira (2), no Maracanã, em confronto direto pela liderança do Campeonato Brasileiro.
Com o resultado, o rubro-negro chegou a 55 pontos e se mantém na ponta da tabela. O Palmeiras, com 52, e o Cruzeiro, com 51, seguem na perseguição.
Para Filipe, o empate foi natural diante da força dos dois times que brigam pela ponta da tabela.
“Hoje é um resultado absolutamente normal, primeiro contra segundo. Fizemos um jogo para vencer, tivemos muitas chances, eles também tiveram suas chances”, disse.
Vaias a Samuel Lino
Questionado sobre as vaias a Samuel Lino, Filipe defendeu o jogador e lembrou que dribladores são naturalmente mais suscetíveis a erros. Ele citou que o atleta vinha de uma sequência pesada de jogos, especialmente os confrontos contra Estudiantes, na Libertadores, e contra o Corinthians, no Brasileirão.
“Talvez ele sentiu um pouco no jogo contra o Corinthians e isso fez o rendimento cair um pouco. Agora, é importante que vocês e também a torcida entendam que os dribladores são os jogadores que mais perdem bola. Isso é uma coisa natural do futebol, nas estatísticas, em todos os lugares. Então, sempre que você tem um driblador, que no nosso caso, são o Cebolinha, Michael, Samuel Lino, próprio Plata quando jogava aberto… Eles arriscam o um contra um e se expõem muito”, explicou.
“O difícil é isso. Na primeira vez que ele dá uma oscilada, já vem a vaia e quase sempre são com os dribladores. Sou eu que peço para ele driblar, sou eu que peço para ele ir para cima, para ele ir para essa jogada individual, porque quando ele consegue passar, ele gera muita vantagem. Então, espero que ele não se abale com isso, que é uma coisa absolutamente normal e que ele recupere a alegria e continue indo para cima o quanto antes”, complementou.
Outros temas
Substituições
“Bom, sobre as trocas, primeiro eu troquei o Lino, porque realmente não estava fazendo um bom jogo e, puramente, parte estratégica do jogo, optei por deixar o Bruno daquele lado do William. E até mesmo o Bruno conseguiu a expulsão, mas eu acreditava que poderíamos ter um… Era uma característica que precisávamos naquele lado que o Lino estava jogando.”
“O resto do time estava em um nível muito alto. Eu não via, sinceramente, ninguém com a necessidade de trocar, porque todo mundo estava fazendo um jogo de um nível altíssimo. Plata, Arrasca, Carrascal, os dois volantes e os laterais, estavam dando a estabilidade para o time que melhor contra-ataca do campeonato.”
“O Cruzeiro é o time que joga com a linha mais alta do campeonato. E isso foi assim no jogo de Ida. E muitas vezes, se você não estica essa linha, se você não incomoda essa linha, você fica no seu campo jogando o jogo todo. Então, a opção foi puramente estratégica pelo plano de jogo, todas elas, todas elas. E o Wallace, verdade, talvez seria um jogo hoje para o Wallace, mas optei pelo Pedro porque eu também acreditava por onde estávamos entrando e que o Pedro poderia chegar para finalizar essa bola dentro da área.”
“Naquele momento do jogo, eu optei por tirar o Arrascaeta e deixar ele na posição do Arrascaeta, e o Plata continuava fazendo os mesmos movimentos, até mesmo porque, para mim, na minha opinião, tanto o Plata como o Carrascal foram os melhores do time, então estava difícil realmente tirar porque o time estava muito bem e estava sendo um jogo muito, muito equilibrado, um nível tático muito alto e qualquer mudança tem uma consequência.”

Filipe Luís gesticula em Flamengo x Cruzeiro
Campeonato
“O campeonato é longo, são 38 rodadas. O que importa é chegar acima do segundo na última rodada. Estamos na briga, esses três clubes. Hoje era uma grande oportunidade para a gente deixar o Cruzeiro para trás. Não conseguimos, mesmo assim, temos uma vantagem de pontos considerável para eles, com esse jogo a menos, contando se vencessem esse jogo. E é verdade que o Palmeiras, vencendo o jogo que falta, estaria empatado a pontos com nós.”
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