
Oktoberfest é suspensa após ameaça de bomba
A polícia de Munique fechou temporariamente a Oktoberfest, a maior festa popular da Alemanha, nesta quarta-feira (1º) após explosões e tiros em um bairro residencial no norte da cidade.
O temor inicial era de que o festival, que recebe milhões de pessoas todos os anos, pudesse ser alvo de um atentado, mas autoridades concluíram mais tarde que o caso envolveu uma briga familiar. Um homem morreu e duas mulheres ficaram feridas na briga.
O evento foi reaberto no fim da tarde, após a varredura da polícia, que não detectou nenhuma ameaça.
O que aconteceu
O episódio começou pela manhã no distrito de Lerchenau, no norte da cidade, quando moradores relataram fogo, barulhos de tiros e explosões em um prédio.
Ao chegar, bombeiros encontraram veículos em chamas e dois andares de um apartamento destruídos. Dentro do imóvel, estavam duas mulheres gravemente feridas: uma idosa de 81 anos e uma jovem de 21, que seriam familiares do agressor.
O homem, de 57 anos, foi localizado morto em um lago. Segundo a polícia, cometeu suicídio após incendiar o apartamento. Havia explosivos junto ao corpo, o que mobilizou esquadrões especializados para desarmar os artefatos.
Carta e alerta à Oktoberfest
Durante buscas em outro endereço ligado ao suspeito, investigadores encontraram uma carta em que ele fazia referência a um ataque contra a Oktoberfest. Com isso, decidiram suspender temporariamente o festival, que começou em 20 de setembro e está previsto para durar até 5 de outubro.
O local do evento, o prado de Theresienwiese, foi isolado e submetido a inspeções com cães farejadores. “Possíveis conexões com outros locais em Munique estão sendo investigadas, incluindo o Theresienwiese”, disse a polícia no X. Mais tarde, nada foi encontrado, e a festa foi reaberta.
Outra hipótese era o envolvimento de grupos políticos e extremistas, mas ela já foi descartada. “O caso não tem conexão com terrorismo ou grupos extremistas. Trata-se de um conflito dentro de uma família” , afirmou o porta-voz policial Thomas Schelshorn.
IG Último Segundo